02 de jun 2025
Tabela do IR congelada penaliza contribuintes e os classifica como ricos
A classe média brasileira enfrenta um aumento silencioso na carga tributária, mesmo sem crescimento real de renda. O prazo para a declaração do Imposto de Renda termina em 30 de março, e a situação é preocupante. A tabela do Imposto de Renda permanece congelada desde 2015, resultando em uma tributação desproporcional. Com a tabela desatualizada, quem recebe aumentos apenas para manter o poder de compra é tratado como "rico" pela Receita Federal. Em 2015, um salário de R$ 4 mil equivalia a quase cinco salários mínimos. Hoje, esse valor representa menos de três. Se a tabela fosse corrigida pela inflação, R$ 4 mil de dez anos atrás corresponderiam a quase R$ 7 mil em 2025. Embora o governo tenha feito ajustes pontuais nas faixas de isenção para 2024 e 2025, as mudanças beneficiam apenas quem ganha até dois salários mínimos. A faixa de isenção atual é de R$ 2.259,20, mas a distorção persiste para quem recebe acima desse valor. O secretário de Reformas Econômicas, Marcos Pinto, afirma que corrigir a tabela integralmente poderia resultar em uma perda de arrecadação superior a R$ 100 bilhões por ano. Esse aumento de imposto, embora invisível, impacta diretamente a classe média, que sustenta despesas como educação e saúde. A arrecadação cresce às custas desse grupo, que não recebe o apoio necessário do Estado. Enquanto o discurso oficial promete justiça social, a prática revela que a classe média arca com o custo da máquina pública. Atualizar a tabela do Imposto de Renda é considerado um passo essencial para garantir justiça tributária. Contudo, diante da realidade fiscal e das prioridades políticas, essa correção parece distante, e a responsabilidade recai sobre aqueles que estão no meio da pirâmide econômica. ### Linha fina: Classe média sofre com aumento invisível de impostos; prazo para declaração do Imposto de Renda se encerra em 30 de março.
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A classe média brasileira enfrenta um aumento silencioso na carga tributária, mesmo sem um crescimento real de renda. O prazo para a declaração do Imposto de Renda termina em 30 de março, e a situação é preocupante. A tabela do Imposto de Renda permanece congelada desde 2015, resultando em uma tributação desproporcional.
Com a tabela desatualizada, quem recebe aumentos apenas para manter o poder de compra é tratado como "rico" pela Receita Federal. Em 2015, um salário de R$ 4 mil equivalia a quase cinco salários mínimos. Hoje, esse valor representa menos de três. Se a tabela fosse corrigida pela inflação, R$ 4 mil de dez anos atrás corresponderiam a quase R$ 7 mil em 2025.
Embora o governo tenha feito ajustes pontuais nas faixas de isenção para 2024 e 2025, as mudanças beneficiam apenas quem ganha até dois salários mínimos. A faixa de isenção atual é de R$ 2.259,20, mas a distorção persiste para quem recebe acima desse valor. O secretário de Reformas Econômicas, Marcos Pinto, afirma que corrigir a tabela integralmente poderia resultar em uma perda de arrecadação superior a R$ 100 bilhões por ano.
Aumento de Imposto Invisível
Esse aumento de imposto, embora invisível, impacta diretamente a classe média, que sustenta despesas como educação e saúde. A arrecadação cresce às custas desse grupo, que não recebe o apoio necessário do Estado. Enquanto o discurso oficial promete justiça social, a prática revela que a classe média arca com o custo da máquina pública.
Atualizar a tabela do Imposto de Renda é considerado um passo essencial para garantir justiça tributária. Contudo, diante da realidade fiscal e das prioridades políticas, essa correção parece distante, e a responsabilidade recai sobre aqueles que estão no meio da pirâmide econômica.
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