16 de jul 2025
Trump investiga comércio na Rua 25 de Março e gera reações entre lojistas
USTR dos EUA investiga Brasil por pirataria na Rua 25 de Março, intensificando tensões comerciais e preocupações sobre propriedade intelectual.

Consumidores na Rua 25 de Março, Centro de SP, em imagem em dezembro de 2023 (Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo)
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O Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) anunciou, na terça-feira (15), a abertura de uma investigação comercial contra o Brasil, com foco na Rua 25 de Março, em São Paulo. O local é destacado como um dos maiores mercados de produtos falsificados do mundo, levantando preocupações sobre a proteção da propriedade intelectual.
A investigação surge em um contexto de tensões comerciais entre os dois países, especialmente após o presidente Donald Trump ter anunciado tarifas de 50% sobre exportações brasileiras. O USTR aponta que a venda de produtos falsificados na 25 de Março persiste, mesmo após diversas operações policiais, devido à falta de sanções efetivas.
Além da 25 de Março, o relatório menciona outros pontos em São Paulo, como o Centro Histórico e os bairros de Santa Ifigênia e Brás, onde a pirataria é recorrente. O USTR afirma que a região abriga mais de mil lojas que comercializam produtos falsificados, impactando negativamente as marcas originais.
Críticas e Reações
O USTR também critica o Brasil por não garantir uma proteção eficaz dos direitos de propriedade intelectual, o que prejudica a competitividade de empresas americanas. O documento menciona que o Brasil adota medidas de retaliação contra empresas que não censuram discursos políticos e concede tarifas vantajosas a parceiros comerciais, colocando as exportações dos EUA em desvantagem.
A Univinco, entidade que representa os lojistas da 25 de Março, defendeu que a maioria dos comerciantes atua de forma legal e que os produtos vendidos são, em sua maioria, importados da China. A união ressaltou que as práticas ilegais são constantemente fiscalizadas pelos órgãos competentes.
A investigação do USTR também abrange questões relacionadas ao etanol e práticas de corrupção no Brasil. O país já estava na Watch List por problemas de pirataria, e a inclusão de novos temas pode intensificar as pressões sobre o governo brasileiro. Uma audiência pública está marcada para o dia 3 de setembro, que poderá influenciar a aplicação das tarifas sobre produtos brasileiros.



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