EUA citam Brasil em documento que investiga tarifas e sanções econômicas

O governo dos Estados Unidos iniciou uma investigação sobre práticas comerciais do Brasil, com foco em serviços de pagamento, propriedade intelectual e tarifas. A decisão foi anunciada após a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que entrará em vigor em 1º de agosto, caso não haja acordo.

O ex-presidente Jair Bolsonaro criticou a investigação, responsabilizando o governo de Luiz Inácio Lula da Silva pela situação. Ele se disse disposto a negociar diretamente com o presidente Donald Trump para reverter a taxação. O Senado brasileiro aprovou uma missão parlamentar aos EUA para discutir a questão, buscando sensibilizar congressistas americanos sobre os impactos da tarifa.

A investigação, conduzida pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA, examina alegações de que o Brasil prejudica empresas americanas. Entre os pontos levantados estão o sistema de pagamento eletrônico PIX, a pirataria e o desmatamento ilegal. O governo americano argumenta que essas práticas afetam a competitividade das empresas dos EUA.

Além disso, a relação entre Bolsonaro e Trump foi destacada, com o presidente americano afirmando que a tarifa mais alta foi motivada por questões políticas ligadas ao ex-presidente brasileiro. A situação gerou divisões no bolsonarismo, com o deputado Eduardo Bolsonaro criticando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, por buscar diálogo com autoridades americanas.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que lidera as negociações, afirmou que o governo brasileiro não pedirá prorrogação do prazo para a tarifa. A missão parlamentar deve viajar a Washington entre 29 e 31 de julho, com o objetivo de abrir canais de diálogo e buscar uma solução para a crise comercial.