21 de jul 2025
Tubarão raro encalha em Sergipe e será estudado por cientistas brasileiros
Tubarão megaboca encontrado em Sergipe é uma rara oportunidade para pesquisa e educação ambiental no Oceanário de Aracaju.

Megachasma pelagios é considerada uma das espécies mais misteriosas do planeta (Foto: Reprodução/UFAL)
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Um tubarão megaboca (Megachasma pelagios), uma das espécies mais raras do mundo, foi encontrado morto na praia de Barra dos Coqueiros, em Sergipe, no dia 4 de julho. O macho, com 4,63 metros de comprimento, chamou a atenção de pesquisadores, que iniciaram uma força-tarefa para estudar o animal.
O tubarão foi transportado para o Museu da Fundação Projeto Tamar, no Oceanário de Aracaju, onde está conservado em gelo. O professor Cláudio Sampaio, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), destacou a importância da descoberta, já que existem apenas 274 registros dessa espécie no mundo, sendo este o quarto no Brasil.
Características do Megaboca
O megaboca é o único membro da família Megachasmidae e é conhecido por sua aparência peculiar e tamanho impressionante. Fêmeas podem medir entre 3,4 m e 7,1 m, enquanto machos variam de 1,7 m a 5,4 m. Apesar de seu tamanho, essa espécie é inofensiva para os humanos, alimentando-se de pequenos invertebrados e peixes em águas profundas.
O exemplar encontrado em Sergipe estava em bom estado de conservação, sem sinais de marcas de redes ou predadores. As causas do encalhe ainda são desconhecidas. Pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS), do Projeto Tamar e do Projeto Meros do Brasil participaram da análise inicial do tubarão.
Importância Científica
Cláudio Buia ressaltou que a presença do megaboca em território brasileiro é uma oportunidade única para a ciência. Durante os exames, foram coletadas medidas corporais, vértebras para determinar a idade e amostras de parasitas internos. O objetivo é que o tubarão se torne uma peça de destaque no Oceanário de Aracaju, contribuindo para a educação ambiental e a divulgação científica.
Considerado um dos tubarões mais misteriosos do planeta, o megaboca foi descoberto apenas em 1976 e raramente é avistado devido ao seu hábito de viver em águas profundas. A articulação entre as instituições envolvidas é fundamental para gerar novas informações sobre essa espécie rara.
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