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21 de jul 2025

Sedentarismo cognitivo afeta o cérebro e pode torná-lo mais preguiçoso

A dependência de assistentes de inteligência artificial pode comprometer a memória e a criatividade, aumentando o risco de demência. Especialistas recomendam atividades cognitivas para preservar a saúde mental.

Embora seja uma facilitadora de tarefas e ajude a aumentar a produtividade, a IA se tornou a vilã da memória e de processos criativos (Foto: Shutterstock)

Embora seja uma facilitadora de tarefas e ajude a aumentar a produtividade, a IA se tornou a vilã da memória e de processos criativos (Foto: Shutterstock)

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Desde a popularização dos smartphones e assistentes de inteligência artificial, o acesso à informação se tornou instantâneo. Contudo, essa facilidade gera preocupações sobre a memória e a capacidade cognitiva das pessoas. Pesquisas recentes apontam que a dependência da IA pode resultar em sedentarismo cognitivo, afetando a memória e a criatividade, além de aumentar o risco de demência.

O analista de suporte Igor Carvalho, de 41 anos, relata que, após se mudar de São Paulo para Londres, nunca decorou seu novo número de celular. Ele afirma que o uso constante do smartphone diminui sua capacidade de reter informações importantes. “Comecei a terceirizar tudo no bloco de notas do aparelho”, diz. Igor também enfrenta dificuldades para lembrar de nomes de filmes e datas importantes, utilizando a IA para recuperar informações.

O neurologista Sergio Jordy, membro da Academia Americana de Neurologia, alerta que a exigência excessiva da IA pode enfraquecer as áreas da memória. “A diminuição da atenção e a falta de resolução de problemas por nós mesmos representam maior risco de desenvolvermos demência”, afirma. Um estudo do Google e Ipsos revela que o Brasil está acima da média mundial no uso de IA, o que pode agravar esses problemas.

A psicóloga Rejane Sbrissa observa que a dependência da tecnologia afeta até mesmo habilidades motoras, como a escrita à mão. “As pessoas não sabem mais escrever a lápis, apenas digitam”, comenta. A atriz e professora Carol Mattos, de 33 anos, utiliza a IA com cautela, mas admite que isso a impede de memorizar caminhos e ruas que antes eram familiares.

Para evitar os efeitos negativos da IA, especialistas recomendam manter atividades cognitivas, como aprender algo novo, ler e jogar. “A meditação e a atividade física, aliadas a interações sociais, são extremamente benéficas”, conclui o neurologista Sergio Jordy. A tecnologia pode facilitar a vida, mas é essencial não delegar ao digital aquilo que nos torna humanos.

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