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16 de jul 2025

Jean-Claude Bernardet e Geraldo Sarno superam diferenças e fortalecem parceria artística

Jean Claude Bernardet, crítico de cinema, faleceu recentemente, reavivando discussões sobre seu legado e a relação com Geraldo Sarno. As cartas trocadas entre eles revelam um diálogo profundo sobre a representação cultural no cinema brasileiro, destacando críticas e reflexões que moldaram a indústria. A correspondência entre Bernardet e Sarno, marcada por admiração e divergências, evidencia a importância de suas contribuições para a compreensão do povo brasileiro e do cinema nacional.

O crítico Jean-Claude Bernardet e o cineasta Geraldo Sarno, em Tiradentes, em 2020 (Foto: Carlos Rizerio/Reprodução)

O crítico Jean-Claude Bernardet e o cineasta Geraldo Sarno, em Tiradentes, em 2020 (Foto: Carlos Rizerio/Reprodução)

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Contexto do Exílio e Reflexões sobre o Cinema

Clarice e Vladimir Herzog se exilaram em Londres após o golpe militar de 1964. Em meio a esse novo cenário, Vlado expressou suas preocupações sobre o cinema brasileiro em correspondências com o crítico de cinema Jean-Claude Bernardet e a professora Lucila Bernardet. Em uma dessas cartas, ele destacou Geraldo Sarno como uma figura central para o futuro do cinema nacional.

A Morte de Jean-Claude Bernardet

Recentemente, Jean-Claude Bernardet faleceu aos 88 anos, reavivando memórias sobre sua relação com Sarno. Em suas cartas, Herzog alertava sobre a indolência intelectual que afetava o cinema, afirmando que isso poderia levar à cumplicidade com o status quo. Ele via em Sarno a esperança de uma nova abordagem cinematográfica.

Críticas e Conflitos

A primeira exibição pública de "Viramundo", dirigido por Sarno, ocorreu em 10 de setembro de 1965, e gerou grande repercussão. Apesar do sucesso, Bernardet expressou críticas em um artigo de 1975, no qual acusou filmes de desapropriação cultural. Ele citou Sarno como um exemplo dessa tendência, argumentando que o cinema documentário brasileiro não alcançava os grupos sociais retratados.

Correspondências e Reflexões

Em resposta às críticas, Sarno escreveu uma carta contundente a Bernardet, defendendo seu trabalho e questionando a visão do crítico. Os dois mantiveram um relacionamento complexo, marcado por admiração e respeito mútuo, apesar das divergências. O último encontro entre eles ocorreu na Mostra de Cinema de Tiradentes em fevereiro de 2020, onde Sarno apresentou "Sertânia", que também gerou polêmica na crítica.

Legado e Colaboração

Bernardet e Sarno colaboraram em diversos momentos, incluindo revisões de textos e reflexões sobre o cinema. Em uma carta de 1983, Sarno reconheceu a influência de Bernardet em sua compreensão do processo criativo. O livro "Cineastas e Imagens do Povo", publicado em 1985, incorporou algumas das anotações do cineasta, evidenciando a importância de suas trocas intelectuais.

As cartas entre Bernardet e Sarno revelam um diálogo profundo sobre a representação cultural e a necessidade de compreender o povo brasileiro, destacando a relevância de suas contribuições para o cinema nacional.

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