Aspartame altera microbiota intestinal e pode influenciar tumores cerebrais, aponta estudo

O aspartame, um adoçante artificial amplamente utilizado, está no centro de novas pesquisas que revelam seus potenciais efeitos adversos à saúde. Estudos recentes indicam que o adoçante pode alterar a microbiota intestinal e influenciar a progressão do glioblastoma, um tipo agressivo de câncer cerebral.

Pesquisadores publicaram um estudo na revista Scientific Reports, onde camundongos foram alimentados com dietas contendo aspartame. Os resultados mostraram que, embora o crescimento tumoral não tenha sido significativamente afetado, houve alterações na expressão gênica e na regulação epigenética nos tumores de glioblastoma. A pesquisa também observou uma diminuição na abundância de bactérias da família Rikenellaceae, que está ligada a condições metabólicas importantes.

Efeitos na Saúde Cerebral

Outra investigação, também publicada na mesma revista, focou na relação entre o aspartame e o acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico. Os pesquisadores sugerem que o adoçante pode contribuir para lesões cerebrais isquêmicas, possivelmente por meio de interações que afetam o tônus vascular e a neuroinflamação. Os metabólitos do aspartame, como fenilalanina e metanol, levantam preocupações sobre sua neurotoxicidade.

Apesar de ser amplamente utilizado em produtos dietéticos, o aspartame continua a ser objeto de debate. A Organização Mundial da Saúde (OMS) o classificou como "possivelmente carcinogênico" e, em 2023, recomendou que adoçantes artificiais não sejam usados para perda de peso. Especialistas alertam que, embora não seja necessário interromper seu uso, é fundamental consultar profissionais de saúde para orientações adequadas.