Estados Unidos intensificam ataques ao sistema Pix no Brasil

Empresários brasileiros manifestaram ao governo a preferência por uma abordagem conciliatória com os Estados Unidos, em meio a um cenário de crescente tensão comercial. Os EUA iniciaram uma investigação contra o Brasil, alegando práticas anti-competitivas que beneficiam o sistema de pagamentos Pix, um forte concorrente de empresas como Visa e Mastercard.

A investigação americana aponta que o Brasil estaria favorecendo serviços de pagamento desenvolvidos pelo governo, o que poderia prejudicar a concorrência. O Pix se consolidou como uma alternativa aos cartões de débito, aumentando a preocupação entre as empresas americanas. Essa nova pressão dos EUA gera incertezas sobre o impacto econômico no Brasil, especialmente nas ações do mercado.

Na Europa, a situação também é monitorada de perto. A França se uniu a outros países que desejam uma resposta mais firme aos ataques comerciais de Donald Trump, caso não haja um acordo até agosto. A agência Bloomberg destaca que a possibilidade de medidas anti-coercitivas está em discussão, refletindo a preocupação com a escalada da guerra comercial.

Os mercados financeiros já sentem os efeitos dessa tensão. Os futuros do S&P 500 e do Nasdaq apresentaram queda, enquanto o fundo EWZ, que representa ações brasileiras em Nova York, opera próximo da estabilidade, com uma leve queda de 0,04%. A expectativa em torno da inflação ao produtor nos EUA, que será divulgada em breve, também influencia o clima econômico.

O dia de hoje será marcado por diversas reuniões importantes, incluindo encontros entre o vice-presidente Geraldo Alckmin e representantes da indústria, além de discussões sobre tarifas impostas por Trump. A agenda econômica está repleta de eventos que podem impactar o cenário financeiro, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.