15 de jul 2025
Tarifa de Trump impacta frigoríficos e 30 mil toneladas de carne ficam retidas nos EUA
Governo brasileiro se mobiliza para enfrentar tarifas de 50% dos EUA, com frigoríficos suspendendo vendas e alternativas diplomáticas em pauta.

Geraldo Alckmin e Rui Costa participam de reunião com empresários sobre medidas contra tarifas de Trump ao Brasil (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)
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O governo federal se reuniu nesta terça-feira com representantes do agronegócio para discutir as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, anunciadas pela administração de Donald Trump. O encontro, liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, visa construir uma resposta conjunta entre o Executivo e o setor privado.
Durante a reunião, Alckmin destacou que a taxação não afeta apenas o Brasil, mas também a população americana. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Perosa, alertou que frigoríficos já estão suspendendo vendas para os EUA devido à incerteza. Ele mencionou que cerca de 30 mil toneladas de carne estão em risco, representando um impacto financeiro de aproximadamente US$ 170 milhões.
Os representantes do setor produtivo expressaram preocupações sobre possíveis perdas e a competitividade brasileira no mercado americano. Exportadores temem cancelamentos de contratos e retração nas vendas. Alckmin indicou que o governo está buscando alternativas diplomáticas e diálogo com empresários e entidades dos EUA.
Alternativas em Discussão
A Lei da Reciprocidade Econômica, que permite tarifas equivalentes a produtos americanos, está sendo considerada, mas será uma última alternativa. Na véspera, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou um comitê com empresários para monitorar a situação e colaborar na busca de soluções. O encontro com o agronegócio foi a segunda reunião do dia, após uma conversa com representantes da indústria, que pediram uma trégua de 90 dias para negociações diplomáticas.
Além de Alckmin, participaram do encontro ministros e secretários de diversas áreas, além de representantes de grandes empresas e associações de exportadores. O governo busca reverter a medida e considera o diálogo como a principal estratégia para mitigar os impactos das tarifas no setor agropecuário.


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