Brasil aguarda resposta dos EUA sobre negociações de tarifas comerciais

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou que o Brasil aguarda respostas dos Estados Unidos sobre cartas enviadas para negociar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, implementada pelo governo de Donald Trump, gerou preocupação no Brasil e motivou o governo a buscar diálogo.

Alckmin, em seu terceiro dia de reuniões com representantes de setores afetados, destacou a importância de alinhar uma resposta ao tarifaço. Estamos aguardando a resposta da carta que enviamos para os EUA, afirmou. O vice-presidente tem se reunido com líderes da indústria e do comércio exterior para discutir as implicações das tarifas.

Nesta quinta-feira, Alckmin participou de videoconferência com Marco Stefanini, presidente global do grupo Stefanini, e se encontrou com Rogério Duair Jacomini Nunes, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores (ABISEM). À tarde, ele se reuniu com Rodrigo Navarro, presidente da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), e Jorge Viana, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

Medidas do Governo

A nova rodada de encontros ocorre após a publicação de um decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade Econômica, que pode ser utilizada para retaliar países que impõem barreiras aos produtos brasileiros. Alckmin já havia se reunido anteriormente com empresários de diversos setores, incluindo o agronegócio, e com representantes da FIESC e da Amcham.

O governo brasileiro busca uma solução para mitigar os impactos das tarifas e garantir a competitividade dos produtos nacionais no mercado internacional. A expectativa é que as negociações avancem nos próximos dias, enquanto o prazo para a implementação das tarifas se aproxima.