15 de jul 2025
Inflação nos EUA sobe para 0,3% em junho com aumento nos preços de alimentos e energia
Inflação nos EUA acelera para 2,7% em junho, com pressões em moradia e energia; mercado já antecipa cortes de juros.

Inflação nos EUA volta ao foco com divulgação do CPI (Foto: Franki Chamaki /Unsplash)
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A inflação ao consumidor nos Estados Unidos registrou um aumento de 2,7% em junho em relação ao ano anterior, superando os 2,4% de maio. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) subiu 0,3% mensalmente, conforme dados do Departamento do Trabalho, divulgados nesta terça-feira, 15.
O aumento foi impulsionado principalmente pelos preços de moradia, que avançaram 0,2%, e pela alta de 0,9% nos custos de energia, com destaque para a gasolina e eletricidade. No setor de alimentos, a inflação também foi de 0,3%, refletindo aumentos significativos em bebidas não alcoólicas e frutas.
Pressões Inflacionárias
Apesar da aceleração pontual, o núcleo da inflação, que exclui itens voláteis, manteve-se em 0,2%, abaixo da expectativa de 0,3% do mercado. Em 12 meses, o núcleo acumulou alta de 2,9%. Analistas consideram que a leitura de junho foi "comportada", indicando uma desaceleração na pressão inflacionária geral.
Os preços de mobiliário doméstico subiram 1,0%, enquanto cuidados médicos avançaram 0,5%. Em contrapartida, os preços de carros usados e veículos novos caíram 0,7% e 0,3%, respectivamente. O grupo de moradia acumulou alta de 3,8% em um ano.
Expectativas do Mercado
Os dados reforçam a percepção de que a inflação nos EUA está em desaceleração, mas com resiliência em serviços e alimentação fora de casa. O Federal Reserve deve monitorar de perto esses números, especialmente com o mercado precificando cortes de juros em setembro, embora as chances de uma redução já na reunião de julho sejam remotas.
Economistas alertam que os efeitos das tarifas comerciais impostas pelo governo de Donald Trump ainda não se refletiram completamente nos preços. A expectativa é que esses impactos se intensifiquem nos próximos meses, especialmente em bens como eletrônicos e vestuário. O Goldman Sachs projeta que a inflação do núcleo do CPI deve acelerar, com aumentos mensais entre 0,3% e 0,4%.



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