14 de jul 2025
Governo Lula dialoga com empresários para enfrentar tarifas de Trump e mapear perdas
Governo Lula se mobiliza para mitigar impactos do tarifaço de 50% de Trump, buscando diálogo com empresários e estratégias diplomáticas.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto (Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo/09-07-2025)
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O governo brasileiro se prepara para os impactos do tarifaço de 50% anunciado por Donald Trump sobre produtos brasileiros. Reuniões com empresários estão agendadas para esta terça-feira, em Brasília, com o objetivo de avaliar as consequências econômicas e planejar uma resposta diplomática.
As reuniões visam aprofundar o entendimento sobre os possíveis prejuízos que a taxação pode causar. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva não pretende discutir retaliações, mas sim coletar informações que ajudem na negociação com os Estados Unidos. O Palácio do Planalto espera que alguns setores sejam poupados da tarifa total, quando a medida for oficializada.
O comitê formado por ministros e empresários buscará acelerar a análise dos impactos do tarifaço. Apesar de já haver um diagnóstico inicial, o governo acredita que a consulta aos setores produtivos é essencial para entender os reflexos da medida. Os empresários poderão indicar qual limite de taxação suportam e como redirecionar a produção.
Estratégia Diplomática
A resposta do Brasil deve ser pensada de forma global, segundo um integrante do governo. É fundamental identificar onde os Estados Unidos podem ser afetados, mas essa estratégia deve ser calibrada para não agravar a crise econômica interna. O governo também se preocupa em não pressionar a inflação, dado que o Brasil é deficitário na relação comercial com os EUA.
Duas reuniões estão programadas: uma com a indústria e outra com o agronegócio. A aproximação com o setor produtivo é uma continuidade do trabalho iniciado após o anúncio da tarifa de 10% em abril. O clima é de urgência, com o governo buscando informações antes da publicação da ordem executiva de Trump, que deve ocorrer até o final do mês.
O presidente Lula deve participar das discussões em um segundo momento, após o mapeamento inicial conduzido pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. A intenção é mostrar que o governo está aberto ao diálogo, mas sem comprometer a independência do Judiciário, um ponto sensível nas relações com o governo americano.




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