16 de jul 2025
Israel ataca quartel militar em Damasco durante intensificação de conflitos na Síria
Israel intensifica ataques na Síria, visando proteger drusos e manter desmilitarização, enquanto a violência entre tribos e governo se agrava.

Membros das forças de segurança da Síria atravessam a cidade de Sweida, onde a minoria religiosa drusa é predominante, após bombardeio israelense. 15/07/2025 (Foto: Bakr Alkasem/AFP)
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O Exército israelense bombardeou, nesta quarta-feira, 16, o quartel-general do exército sírio em Damasco, marcando o terceiro dia consecutivo de ataques na Síria. Os bombardeios ocorrem em meio a intensos combates entre tribos beduínas e a minoria drusa, que resultaram em mais de 100 mortos. Israel alega que suas ações visam proteger os drusos e manter a desmilitarização na fronteira.
Os ataques também atingiram a cidade de Sweida, predominantemente drusa, onde a violência se intensificou. O Exército israelense declarou que está preparado para diversos cenários e enviará reforços para a área. A situação se agravou após o xeque druso Hikmat al-Hajri acusar as forças do governo de violarem um cessar-fogo e instar os combatentes a resistirem.
A agência de notícias estatal síria informou que os ataques israelenses causaram vítimas civis em Sweida. Desde o início dos confrontos, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos registrou 116 mortes, incluindo 64 drusos e 52 membros das forças governamentais. O governo sírio, por sua vez, afirmou que suas tropas intervieram para conter a violência entre os grupos armados.
Intervenção e Tensão
A escalada da violência reflete os desafios enfrentados pelo novo governo sírio, liderado por Ahmed al-Sharaa, que busca consolidar seu poder em um país marcado por tensões sectárias. A presença militar israelense na região é vista como uma ameaça à segurança, especialmente após a ocupação das Colinas de Golã em 1967.
Israel tem realizado mais de 700 ataques aéreos na Síria nos últimos meses, justificando suas ações como uma defesa dos drusos e uma resposta a movimentações das forças sírias. A situação em Sweida continua crítica, com relatos de execuções sumárias e a população civil em risco.
Líderes drusos pedem ajuda internacional, destacando a gravidade da situação. A União Europeia e a Turquia expressaram preocupações sobre a escalada do conflito, pedindo respeito à soberania da Síria e proteção aos civis. A violência em Sweida evidencia a complexidade do cenário sírio, onde diferentes grupos buscam garantir sua sobrevivência em meio a um contexto de guerra civil.




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