Síria declara cessar-fogo após confronto entre beduínos e drusos deixar mortos

O Ministério da Defesa da Síria anunciou um cessar-fogo na região sul do país nesta terça-feira (15), após intensos combates que resultaram em mais de 100 mortes em dois dias. O acordo foi alcançado após negociações, mas a estabilidade da trégua permanece incerta. Líderes drusos pedem que os combatentes entreguem as armas, enquanto o xeque Hikmat al-Hajri, figura influente da minoria drusa, instiga a resistência contra o governo sírio.

Conforme o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), os confrontos na província de Sweida resultaram em 116 mortes, incluindo 64 drusos e 52 beduínos. A violência começou após o sequestro de um vendedor de verduras druso, levando os combates a se intensificarem na capital da província. O governo sírio respondeu enviando forças de segurança para a cidade, onde já havia um histórico de tensões entre drusos e beduínos.

Tensão e Conflito

A situação em Sweida se agravou após abril, quando confrontos entre combatentes sunitas e drusos armados ocorreram. As tribos beduínas se aliaram às forças de segurança, aumentando a complexidade do cenário. Após os recentes eventos, as forças governamentais tomaram o controle de Al Mazraah, um povoado druso nos arredores de Sweida.

Em meio a esse conflito interno, Israel lançou uma nova ofensiva contra as forças do governo sírio, alegando proteger os drusos. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou que os ataques são uma advertência ao regime sírio, reiterando o compromisso de Israel em evitar danos à comunidade drusa na Síria.

Repercussões Regionais

Os ataques israelenses foram descritos como uma violação da política de desmilitarização na região sul da Síria. Autoridades israelenses destacaram a importância de proteger os drusos, enfatizando a aliança entre os cidadãos drusos de Israel e a comunidade drusa síria. A situação continua a evoluir, com a presença militar intensificada e a população local enfrentando um clima de incerteza e medo.