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26 de jul 2025

Brasil enfrenta obstáculos para reduzir índices alarmantes de violência

Brasil lidera mortes violentas em 2023, com 10% do total global. Medidas de controle de armas são insuficientes sem investigação eficaz.

Operação policial na Ladeira dos Tabajaras (Foto: Márcia Foletto)

Operação policial na Ladeira dos Tabajaras (Foto: Márcia Foletto)

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O Brasil enfrenta um cenário alarmante de violência, liderando o ranking mundial de mortes violentas em 2023, com 10% das mortes globais. Apesar das tentativas do governo Lula de restringir a circulação de armas, especialistas alertam para a necessidade de políticas de investigação mais eficazes.

Os dados da ONU revelam que, mesmo com apenas 2,7% da população mundial, o Brasil concentrou mais de 10% das mortes violentas em 2021. O sistema prisional, superlotado com 674 mil detentos, favorece o fortalecimento de facções criminosas. A quantidade de armas em circulação também atinge níveis alarmantes, com quase 5 milhões de armamentos, muitos dos quais desviados para o crime organizado.

A pesquisa Genial/Quaest de abril mostrou que 26% dos entrevistados consideram a violência o principal problema do país, superando a economia. Carolina Ricardo, do Instituto Sou da Paz, destaca que o controle de armas deve ser visto como uma política de segurança pública. Embora o governo tenha implementado restrições, ainda há um grande número de armas nas mãos de criminosos.

Desafios e Medidas

O crime organizado no Brasil se tornou uma holding criminosa, com facções como o PCC e o Comando Vermelho expandindo suas operações. Renato Sérgio de Lima, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, enfatiza a necessidade de uma nova abordagem investigativa, focada na descapitalização desses grupos.

A taxa de elucidação de homicídios é alarmante: apenas 39% dos 38 mil assassinatos registrados em 2022 foram solucionados. A falta de dados oficiais sobre a taxa de elucidação dificulta a formulação de políticas eficazes. Ricardo defende que a prioridade deve ser a investigação, com a criação de indicadores e fortalecimento da perícia.

O governo Lula tomou medidas para restringir a circulação de armas, como o congelamento de novos registros e a proibição da venda de fuzis. No entanto, especialistas alertam que é crucial lidar com as armas já em circulação. A criação de delegacias especializadas em armas é um passo positivo, mas ainda há poucos estados com essas unidades.

Avanços e Expectativas

Nos últimos anos, o número de mortes em ações policiais aumentou significativamente, mas houve avanços na transparência e controle da letalidade policial. A nova Lei Orgânica das Polícias Militares exige a divulgação de dados sobre mortes pela polícia, um passo importante para a responsabilização.

A implementação de câmeras corporais e a maior autonomia do Ministério Público para investigar homicídios cometidos por policiais também são vistas como avanços. A necessidade de uma abordagem mais eficaz e integrada no combate à violência é urgente, com a colaboração entre forças federais e estaduais sendo essencial para enfrentar o crime organizado.

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