23 de jul 2025
Ex-ministros de Bolsonaro enfrentam críticas por negociações de tarifas nos EUA
Senadores enfrentam críticas de bolsonaristas por viagem aos EUA para negociar tarifas. Eduardo Bolsonaro os chama de "traidores da pátria".

Tereza Cristina, PP-MS, (à esquerda), Eduardo Bolsonaro, PL-SP (centro) e Marcos Pontes, PL-SP (à direita) — Foto: Divulgação/Câmara, Reprodução/YouTube e Cristiano Mariz/O Globo
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Os senadores Tereza Cristina (PP-MS) e Marcos Pontes (PL-SP), ex-ministros do governo Jair Bolsonaro, foram escolhidos para uma comitiva que viajará aos Estados Unidos entre os dias 29 e 31 de outubro. O objetivo é negociar a redução das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, impostas durante a administração de Donald Trump.
A viagem, no entanto, gerou controvérsia. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou a iniciativa, chamando-a de "gesto de desrespeito" e afirmando que está "fadada ao fracasso". Nas redes sociais, bolsonaristas passaram a rotular os senadores como "traidores da pátria". Eduardo também divulgou uma nota pública, recomendada por Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura militar João Batista Figueiredo, afirmando que os senadores não falam em nome de Jair Bolsonaro.
Figueiredo ainda previu que a comitiva não terá reuniões de alto nível no Departamento de Estado dos EUA, sugerindo que os senadores podem ser recebidos de forma desdenhosa. Ele acusou Tereza Cristina e Marcos Pontes de "trair o Brasil" ao buscar negociações com os EUA em vez de resolver questões internas. Eduardo Bolsonaro, por sua vez, argumentou que a viagem é "vazia de legitimidade" e que a solução para as tarifas está atrelada à anistia de Bolsonaro e dos condenados pelos atos de 8 de janeiro.
Apesar das críticas, os senadores mantêm apoio ao ex-presidente. Marcos Pontes publicou um vídeo elogiando Bolsonaro e criticando decisões do ministro Alexandre de Moraes, enquanto Tereza Cristina expressou preocupação com a "escalada dos fatos" e defendeu as negociações com cautela.
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