Bolsonaro omite declaração de dólares apreendidos pela PF ao TSE em 2022

Alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira, Jair Bolsonaro (PL) terá que justificar a origem de valores apreendidos em sua residência em Brasília. A ação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, resultou na apreensão de US$ 14 mil e R$ 8 mil em espécie, quantias que não foram declaradas em sua última prestação de contas à Justiça Eleitoral, em 2022.

Os US$ 14 mil, que equivalem a aproximadamente R$ 78 mil pela cotação atual, não constam na declaração de bens de Bolsonaro, que, em 2022, informou ter um patrimônio de R$ 2.317.554,73, sem mencionar valores em moeda estrangeira. Além disso, o ex-presidente declarou ter quase R$ 1 milhão em cadernetas de poupança e contas bancárias.

Detalhes da Operação

A operação da PF faz parte de investigações mais amplas sobre a gestão de Bolsonaro. A apreensão levanta questões sobre a transparência financeira do ex-presidente e a legalidade do uso de dinheiro não declarado. A defesa de Bolsonaro argumenta que a posse de dólares é uma prática comum para proteção financeira.

Desde 2006, Bolsonaro não declara valores em espécie em suas prestações de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em resposta à apreensão, ele afirmou que sempre guardou dólares em casa e que possui recibos de compra do Banco do Brasil. O ex-presidente também mencionou que os valores serão incluídos em sua próxima declaração de Imposto de Renda.

Repercussão e Consequências

A situação gera um clima de incerteza política, especialmente com Bolsonaro buscando consolidar sua base de apoio. As investigações da PF podem impactar sua imagem e influenciar a dinâmica política no Brasil, com possíveis desdobramentos nas próximas eleições. A PF continua a investigar as movimentações financeiras do ex-presidente, enquanto ele se defende das acusações.