17 de jul 2025
Condomínio em Jacarepaguá é usado para desova de corpos e já teve operações policiais
Polícia Civil investiga crimes em condomínio abandonado de Jacarepaguá, onde três corpos foram encontrados e a presença de grupos criminosos é alarmante.

Conjunto Residencial Delfin tem 15 prédios que já foram alvo de invasão em 1991 e viraram locação para o cinema no início dos anos 2000: são quatro décadas de abandono após falência de construtora (Foto: Márcia Foletto)
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O condomínio abandonado em Jacarepaguá, construído pela Delfin Imobiliária, se tornou um foco de atenção após a descoberta de três corpos no local em 2023. A Polícia Civil investiga a presença de grupos criminosos que utilizam a área para desova de vítimas.
Desde sua fundação em 1977, o empreendimento enfrentou diversos problemas, incluindo paralisações e ocupações irregulares. Originalmente, o projeto previa a construção de 16 mil unidades, mas apenas 15 prédios de dez andares foram erguidos. A falta de apoio do Banco Nacional de Habitação (BNH) levou à paralisação das obras, e muitos imóveis acabaram abandonados.
Moradores que ainda habitam a região expressam sua indignação com o estado do condomínio. Em 2023, a polícia intensificou as operações na área, especialmente pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), em busca de identificar o grupo que controla o território. A situação é alarmante, com relatos de que o local se tornou um ponto de referência para atividades criminosas.
Problemas Estruturais
O arquiteto e urbanista Sérgio Magalhães destacou que os prédios foram construídos em uma área de turfa, o que resulta em afundamento do terreno. Essa condição impossibilita a instalação de redes de água e esgoto, além de dificultar a construção de ruas. Magalhães comparou a situação ao que ocorreu na Vila do Pan, onde foram necessárias intervenções para estabilizar a infraestrutura.
A história do condomínio reflete não apenas os desafios de um projeto mal-sucedido, mas também as consequências sociais e de segurança que surgem em áreas abandonadas. A continuidade do abandono e a presença do crime organizado geram um ciclo de violência e desespero para os poucos moradores que ainda resistem na região.
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