15 de jul 2025
PGR propõe redução de pena para Mauro Cid por falhas em delação premiada
PGR pede redução de pena para Mauro Cid em delação sobre golpe; Bolsonaro e outros são denunciados por crimes graves. A situação se agrava.

Tenente-coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid durante sessão de interrogatório no STF (Foto: Diego Herculano - 9.jun.2025/Reuters)
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O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, está no centro de um processo que envolve delação premiada e uma suposta trama golpista. A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a pena de Cid seja reduzida em um terço, mas descartou a possibilidade de perdão judicial, citando omissões e resistência do delator.
A PGR argumenta que o comportamento de Cid foi contraditório e prejudicial ao interesse público. O procurador-geral, Paulo Gonet, afirmou que a redução da pena deve ser mínima, considerando que Cid não cumpriu integralmente as obrigações do acordo de delação. A procuradoria também rejeitou a conversão da pena em restritiva de direitos, enfatizando que a colaboração efetiva é um requisito essencial.
Denúncia contra Bolsonaro e outros
Além de Cid, a PGR denunciou Jair Bolsonaro e outros seis integrantes da suposta trama golpista por crimes graves. Entre os delitos estão liderar organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e dano qualificado ao patrimônio da União. A denúncia, apresentada em fevereiro, inclui também ex-ministros e outros altos funcionários.
A PGR alega que Bolsonaro tinha conhecimento de um plano para impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e que ele deu aval a uma minuta que detalhava ações para um golpe. O ex-presidente também é acusado de estar ciente de um plano para assassinar Lula e outras autoridades.
Defesa de Bolsonaro
A defesa de Bolsonaro, representada pelo advogado Celso Vilardi, contestou as acusações, afirmando que o ex-presidente repudiou os eventos de 8 de janeiro. Vilardi também reclamou da falta de acesso à íntegra das provas, alegando que a defesa não teve acesso ao material bruto apreendido pela Polícia Federal, limitando-se a um "recorte da acusação".
A situação de Cid e as acusações contra Bolsonaro e outros membros da trama continuam a se desenrolar, com a PGR buscando responsabilizar todos os envolvidos.


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