15 de jul 2025
Imigrantes em Torre Pacheco enfrentam preconceito e insegurança na comunidade
Torre Pacheco vive um clima de tensão após ataques a imigrantes marroquinos, que representam 30% da população local. A comunidade clama por segurança.
Sara, no centro, junto a suas irmãs em Torre Pacheco. (Foto: ALFONSO DURAN)
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Torre Pacheco, na Espanha, enfrenta um clima de medo e insegurança entre a comunidade marroquina devido a ataques de grupos de ultras. Nos últimos dias, esses grupos têm promovido uma série de agressões, deixando moradores como Abdelhakem, de 57 anos, e sua família, apreensivos em suas próprias casas. A situação se agravou após um ataque a um residente local, que resultou em ferimentos.
A comunidade marroquina, que representa cerca de 30% da população de Torre Pacheco, tem contribuído significativamente para a economia local, especialmente na agricultura. No entanto, a violência recente, que começou com provocações externas, transformou a rotina dos moradores. Sara, filha de Abdelhakem, relata que agora até ir ao supermercado gera medo.
A presença policial foi intensificada na região, com a Guarda Civil e a Polícia Local formando cordões de segurança para proteger os moradores. Apesar disso, a tensão persiste, e os ataques se tornaram frequentes. Mohammed, um jovem de 19 anos que chegou à cidade há dois anos, expressa sua preocupação com a falta de segurança e as dificuldades enfrentadas por imigrantes.
O bairro de San Antonio, onde reside uma grande parte da comunidade marroquina, tem sido o foco dos ataques. Com aproximadamente 4.500 habitantes de origem magrebina, a área é marcada por um histórico de convivência pacífica, mas agora enfrenta um aumento da hostilidade. Salah, um jovem de 24 anos, destaca que a percepção negativa sobre os imigrantes persiste, mesmo entre aqueles que nasceram na Espanha.
A situação é complexa, com moradores reconhecendo a necessidade de integração, mas também expressando receio em relação a grupos extremistas. O prefeito Pedro Ángel Roca admite a insatisfação com a criminalidade, enquanto a representante do governo central critica a normalização de discursos de ódio. A comunidade aguarda medidas efetivas para restaurar a paz e a segurança em Torre Pacheco.


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