15 de jul 2025
Eduardo planeja permanecer nos EUA e continuar sua carreira como deputado
Eduardo Bolsonaro busca alternativas para evitar a cassação do mandato, incluindo a proposta de exercício remoto e apoio político nos EUA.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) discursa durante a Conferência da Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês) em Maryland, nos EUA, em fevereiro de 2025 (Foto: Saul Loeb/AFP)
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Eduardo Bolsonaro, deputado licenciado, permanece nos Estados Unidos desde março em autoexílio, enfrentando a possibilidade de cassação por faltas na Câmara dos Deputados. Seus aliados discutem alternativas para que ele não perca o mandato, incluindo a proposta de exercício remoto do cargo.
A licença de Eduardo termina em 20 de julho e não pode ser prorrogada, conforme o regimento da Câmara. No entanto, seus apoiadores argumentam que o prazo não conta os dias de recesso legislativo, que vai de 18 de julho a 1º de agosto, o que poderia estender sua licença até 4 de agosto. A regra prevê a cassação de parlamentares que faltem a mais de 30% das sessões, como ocorreu com Chiquinho Brazão.
Uma das estratégias discutidas é convencer o presidente da Câmara, Hugo Motta, de que Eduardo está em missão oficial nos EUA, o que o impediria de retornar ao Brasil. Eduardo afirmou à Folha que está avaliando alternativas e mencionou uma proposta legislativa que permitiria o exercício remoto do mandato em situações excepcionais.
Proposta de Exercício Remoto
A proposta, protocolada por Evair Vieira de Melo, prevê que parlamentares possam exercer suas funções à distância em casos que impeçam o retorno ao Brasil. Eduardo seria o principal beneficiário, podendo participar de votações remotamente. Ele destacou que essa mudança poderia ser crucial para sua situação.
Além disso, aliados de Eduardo especulam sobre a possibilidade de sanções dos EUA contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, que poderiam facilitar uma anistia aos bolsonaristas. Eduardo, que era cotado para o Senado, agora é visto como um potencial candidato à presidência em 2026, embora suas ambições estejam em suspenso devido ao clima político.
A situação se complica com a decisão de Moraes de prorrogar um inquérito que investiga Eduardo por obstrução de justiça. O deputado admitiu a possibilidade de abrir mão do mandato, mas negou a intenção de renunciar. Desde sua chegada aos EUA, ele tem buscado apoio no Congresso americano e na Casa Branca para medidas contra Moraes e o STF.
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