17 de mai 2025
Massacre de galinhas nos EUA aumenta risco de gripe aviária no Brasil
H5N1 preocupa novamente com surtos em aves e mamíferos, levando a milhões de mortes e riscos à saúde pública. Vigilância é crucial.
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O vírus H5N1, identificado pela primeira vez em gansos na China em 1996, voltou a ser foco de preocupação global. Recentemente, o H5N1 foi detectado em diversas espécies, incluindo raposas na Holanda e aves silvestres nos Estados Unidos, resultando na morte de milhões de aves e impactos econômicos severos.
Desde 2020, uma variante altamente patogênica do H5N1 tem se espalhado, levando a surtos em várias regiões. Em maio de 2021, raposas infectadas foram encontradas em um centro de reabilitação na Holanda. Em janeiro de 2022, aves silvestres nos EUA e leões-marinhos no Peru também foram afetados, com mortes em massa. O impacto econômico começou a se intensificar em fevereiro, quando a doença foi identificada em criações de perus nos EUA, resultando em um desastre comercial.
Até agora, mais de 169 milhões de aves foram sacrificadas ou morreram devido a surtos de H5N1 nos Estados Unidos, conforme dados do Departamento de Agricultura. A maioria das aves afetadas são frangos, mas perus também estão entre os infectados. O país possui um rebanho de aproximadamente 380 milhões de galinhas poedeiras, com um abate anual de 9,4 bilhões de frangos.
Riscos e Vigilância
Os cientistas alertam que o H5N1 pode ser transmitido a humanos, embora os casos sejam raros. Desde 2024, 70 pessoas foram infectadas nos EUA, com uma morte registrada. A maioria das infecções ocorreu em pessoas que lidavam com rebanhos. O vírus também foi identificado em cerca de 200 espécies de mamíferos, incluindo gatos e guaxinins.
O Brasil, por sua vez, tem um sistema de vigilância eficaz e já detectou o H5N1 em aves silvestres no Espírito Santo e no Rio de Janeiro em maio de 2023. Uma emergência de 180 dias foi decretada, e testes foram realizados em criações gaúchas após suspeitas da doença. O país segue protocolos rigorosos para monitorar e conter a propagação do vírus.
A situação atual destaca a necessidade de atenção contínua ao H5N1, que, embora não represente risco imediato ao consumo de aves e ovos, levanta preocupações sobre a saúde pública e a economia global. A vigilância e a resposta rápida são essenciais para evitar que surtos se tornem epidemias.
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