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Deputadas da Alesp recebem ameaças e polícia é acionada para investigar casos - Deputadas da Alesp recebem ameaças e polícia é acionada para investigar casos

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Após um ataque coordenado, todas as deputadas estaduais de São Paulo receberam um e-mail com ameaças de morte e conteúdo misógino, racista e capacitista na manhã de sábado, 31. O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), André do Prado (PL), informou que a polícia foi acionada para investigar o caso. As parlamentares protocolaram uma notícia crime na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

O conteúdo do e-mail incluía ameaças diretas a todas as deputadas, além de ofensas a algumas delas mencionadas nominalmente. Em nota, as parlamentares afirmaram que este é o primeiro ataque direcionado a todas as mulheres da Casa, destacando que se trata de uma tentativa de silenciar mulheres em um ambiente já hostil. "Intimidações desse tipo não podem ser aceitas sob o regime democrático em que vivemos", diz a nota.

Investigação em Andamento

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) registrou o caso como ameaça, injúria racial e falsa identidade. A Polícia Civil já iniciou investigações, e na segunda-feira, 2, apreendeu um celular e um computador na casa de um suspeito de 28 anos. André do Prado expressou solidariedade às deputadas, afirmando que "nenhuma agressão pode ser tolerada".

As deputadas ressaltaram a urgência de políticas públicas para combater a violência política de gênero. Atualmente, a Alesp conta com 25 deputadas, representando 27% do total de 94 parlamentares. Apesar do crescimento da bancada feminina, as mulheres ainda são minoria em um Legislativo predominantemente masculino.

Medidas de Segurança

Em resposta às ameaças, a Alesp anunciou a implementação de medidas de segurança para suas deputadas, incluindo a disponibilização de carros blindados e a instalação de câmeras de segurança. A segurança será ajustada conforme a necessidade de cada parlamentar. As deputadas enfatizaram que esses ataques revelam a persistência da violência política de gênero e a necessidade de um debate mais amplo sobre o tema.

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