Putin promete resposta a ataques da Ucrânia em conversa com Trump

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou que teve uma conversa telefônica de 75 minutos com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na quarta-feira, 4 de outubro. A ligação ocorreu após um ataque ucraniano a aeródromos russos, que causou danos significativos. Trump afirmou que a conversa não resultará em um fim imediato para a guerra na Ucrânia.

Durante a ligação, Trump e Putin discutiram o ataque ucraniano a aeronaves russas, além de outras ações militares de ambos os lados. Putin deixou claro que a Rússia responderá ao ataque. Trump descreveu a conversa como "boa", mas sem expectativa de paz a curto prazo. Ele também mencionou que o presidente russo demonstrou interesse em participar de discussões sobre o programa nuclear do Irã.

Situação no Irã

Trump destacou que o tempo está se esgotando para que o Irã tome decisões sobre seu programa nuclear. Ele expressou a necessidade de uma resposta rápida e afirmou que Putin concordou com a importância de impedir que o Irã desenvolva armas nucleares. O ex-presidente acredita que Putin pode ser útil nas negociações com Teerã.

A conversa entre Trump e Putin ocorre em um contexto de crescente tensão entre a Ucrânia e a Rússia, com ataques aéreos e ações militares intensificadas. O ataque ucraniano, que atingiu bombardeiros com capacidade nuclear, causou cerca de US$ 7 bilhões em danos e expôs vulnerabilidades nas defesas russas.

Reações e Desdobramentos

O assessor do Kremlin, Yuri Ushakov, classificou as ações da Ucrânia como "terroristas" e reafirmou que Putin considera as negociações com a Ucrânia como "úteis". O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, afirmou que a operação de ataque não teria ocorrido se houvesse um cessar-fogo.

Trump, que expressou frustração com ambos os líderes, também considerou a possibilidade de novas sanções contra a Rússia. Recentemente, as delegações da Ucrânia e da Rússia se reuniram para discutir um possível acordo de paz, mas as exigências de ambos os lados permanecem distantes. Uma troca de prisioneiros está prevista para ocorrer neste fim de semana, permitindo o retorno de cerca de 500 soldados ucranianos.