Trump ignora tensões com a China e mantém discurso de negação

### EUA alertam sobre ameaça da China e propõem coalizão na Ásia A tensão entre Estados Unidos e China se intensifica, com o secretário de Defesa, Pete Hegseth, destacando a China como uma ameaça iminente, especialmente em relação a Taiwan. Durante uma conferência em Cingapura, Hegseth enfatizou o risco de um ataque militar e a intenção de Pequim de alterar o equilíbrio de poder na Ásia. Os EUA buscam conter a influência chinesa na região, enquanto o presidente da China, Xi Jinping, fortalece laços com países do Sudeste Asiático, como Vietnã, Malásia e Camboja, firmando mais de cem acordos de cooperação. O chanceler Wang Yi, em resposta à pressão americana, afirmou que os vizinhos esperam da China liderança e estabilidade. A estratégia americana, defendida por Elbridge Colby, número dois do Departamento de Defesa, propõe a formação de uma coalizão anti hegemônica na Ásia. Colby argumenta que evitar a hegemonia chinesa deve ser a prioridade da defesa dos EUA, considerando a Ásia a região de maior valor geopolítico. Entretanto, a oposição à China é uma das poucas unanimidades em Washington. A ideia de redirecionar fundos militares para a Ásia gerou divisões até mesmo no Partido Republicano. A nomeação de Colby enfrentou resistência, com o senador Mitch McConnell alertando sobre os riscos de abandonar áreas tradicionais de influência dos EUA, como Europa e Oriente Médio. Enquanto os EUA tentam estabelecer alianças na Ásia, a abordagem de coação sem contrapartidas positivas pode ser insuficiente. A diplomacia chinesa continua a se expandir, evidenciando a complexidade da disputa entre as duas maiores potências do mundo.