31 de mai 2025
EUA intensificam pressão sobre Moraes com sanções e apoio a adversários
Pressão dos EUA sobre Alexandre de Moraes aumenta com possibilidade de sanções, enquanto Eduardo Bolsonaro busca apoio internacional contra o ministro.
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RIO – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, enfrenta crescente pressão do governo dos Estados Unidos, especialmente após suas decisões que impactaram plataformas de redes sociais americanas. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, indicou que há uma "grande possibilidade" de sanções contra Moraes, em resposta a ações que ele considera como perseguições políticas.
As tensões aumentaram após Moraes suspender a rede social X (antigo Twitter) em agosto do ano passado, quando Elon Musk, proprietário da plataforma, não nomeou um representante para responder por questões judiciais no Brasil. Moraes argumentou que a plataforma tentava evitar cumprir ordens judiciais, como bloqueios de contas e remoção de conteúdos que incitavam violência. Essa suspensão foi revertida em outubro, mas não sem gerar polêmica.
Reações e Consequências
O Departamento de Estado dos EUA criticou as ações de Moraes, classificando-as como censura e incompatíveis com os valores democráticos. Em fevereiro, o governo americano enviou uma carta ao ministro, afirmando que suas ordens não têm validade nos EUA e discutindo possíveis sanções diretas, como o bloqueio de bens. A carta destaca que Moraes precisaria recorrer a um tribunal americano para que suas ordens fossem executáveis.
Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, também se posicionou contra Moraes. Ele pediu licença do mandato para buscar apoio nos EUA e criticou o ministro, chamando a Polícia Federal de "Gestapo". Em uma audiência na Câmara dos Representantes dos EUA, Rubio mencionou que as sanções estão sob análise, reforçando a pressão sobre o STF.
Implicações Diplomáticas
As sanções em discussão incluem o congelamento de contas e restrições de visto para autoridades estrangeiras envolvidas em censura. Marco Rubio anunciou que os EUA vão restringir vistos para "autoridades estrangeiras e cúmplices na censura de americanos", sem especificar alvos. Essa nova política visa combater a censura contra empresas de tecnologia americanas.
A situação continua a se desenvolver em um contexto de tensões políticas entre Brasil e Estados Unidos, com a diplomacia brasileira tentando evitar punições. A pressão sobre Moraes aumenta, enquanto ele responde a ataques e investigações relacionadas a Eduardo Bolsonaro, que enfrenta acusações de obstrução de investigação.
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