30 de mai 2025
Rússia condiciona encontro entre Putin e Zelensky a reunião na Turquia na segunda-feira
Rússia propõe cúpula com Ucrânia e EUA, mas Kiev exige garantias de negociações antes de participar. A guerra avança e a tensão aumenta.
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A Rússia propôs um novo encontro trilateral entre o presidente Vladimir Putin, o líder ucraniano Volodymyr Zelensky e o ex-presidente dos EUA, Donald Trump. A reunião está condicionada aos resultados de uma conversa diplomática marcada para segunda-feira em Istambul, que a Ucrânia ainda não confirmou.
O governo ucraniano exige garantias de que as negociações serão construtivas e um memorando de paz antes de participar. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que Putin está aberto a contatos de alto nível, mas que é necessário alcançar resultados nas negociações diretas entre os dois países.
A delegação russa, liderada pelo assessor presidencial Vladimir Medinsky, será enviada a Istambul. O perfil da equipe foi criticado por Zelensky, que a chamou de "elenco de figuração". Em resposta à proposta russa, a Ucrânia manifestou disposição para participar, mas com a condição de que Moscou apresente um memorando com condições para a paz.
O Kremlin, por sua vez, rejeitou a exigência ucraniana de apresentar seus termos antecipadamente. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, havia afirmado que um memorando estava em preparação e seria entregue "em breve". Essa estratégia é vista com desconfiança pela Ucrânia, que teme que as demandas russas sejam inaceitáveis.
Contexto das Negociações
Enquanto isso, a guerra continua a causar destruição. Forças russas avançam rapidamente, com o Ministério da Defesa afirmando ter capturado localidades em Donetsk e Kharkiv. Zelensky alertou sobre a mobilização de mais de 50 mil soldados russos para intensificar a ofensiva.
Os ataques aéreos mais intensos desde o início do conflito foram registrados entre sexta-feira e domingo, com mais de 900 drones e 90 mísseis disparados contra a Ucrânia. O presidente americano, que tem sido considerado simpático à Rússia, chamou Putin de "louco" em resposta à escalada dos ataques.
A Turquia, que se ofereceu para sediar a cúpula entre os líderes, busca facilitar o diálogo. O ministro das Relações Exteriores turco, Hakan Fidan, expressou otimismo sobre a possibilidade de uma reunião entre Trump, Putin e Zelensky, dependendo dos resultados das negociações em Istambul.
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