França planeja construir prisão estilo Supermax perto da antiga colônia penal de Ilha do Diabo

O governo francês anunciou a construção de uma nova prisão de alta segurança na Guiana Francesa, com capacidade para 500 detentos. A decisão foi revelada pelo ministro da Justiça, Gérald Darmanin, durante uma visita à região, onde a criminalidade e o tráfico de drogas têm crescido.

A nova instalação será erguida em Saint-Laurent-du-Maroni, próximo à fronteira com o Suriname. O objetivo é abrigar chefes do tráfico de drogas e extremistas, além de aliviar a superlotação das prisões locais. Darmanin destacou que a Guiana Francesa é um ponto estratégico para o tráfico de cocaína da América do Sul em direção à Europa.

Atualmente, a taxa de homicídios na Guiana Francesa é alarmante, com 18,4 por 100 mil habitantes, em contraste com 1,2 por 100 mil na França continental. O ministro enfatizou a necessidade de garantir a segurança dos cidadãos nas regiões ultramarinas, que enfrentam desafios únicos em relação à criminalidade.

A construção da prisão, que também incluirá um tribunal, terá um custo estimado de 400 milhões de euros (aproximadamente 451 milhões de dólares). Darmanin mencionou que 49 traficantes de alto nível já estão detidos na Guiana Francesa, mas as condições de segurança atuais não são adequadas para esses prisioneiros considerados "extremamente perigosos".

A nova prisão traz à tona memórias sombrias da Ilha do Diabo, que abrigou prisioneiros até 1953 e é lembrada por suas condições desumanas. A expectativa é que a nova estrutura ajude a conter a violência e a corrupção associadas ao crime organizado na região.