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Prisão de MC Poze do Rodo provoca nova discussão sobre criminalização do funk

MC Poze do Rodo, ícone do funk, foi preso por apologia ao crime e vínculos com o Comando Vermelho, mas liberado após cinco dias. A situação reacende o debate sobre liberdade artística e a criminalização do funk no Brasil.

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MC Poze do Rodo, um dos principais nomes do funk brasileiro, foi preso no Rio de Janeiro na quinta-feira (29) sob acusações de apologia ao crime e vínculos com o Comando Vermelho, uma das facções criminosas mais temidas do Brasil. O cantor, de 26 anos, é conhecido por suas letras polêmicas que abordam temas como tráfico de drogas e violência.

A prisão do artista gerou um intenso debate sobre a criminalização do funk. Segundo a polícia, suas músicas fazem apologia ao tráfico e incitam confrontos armados. MC Poze realizava shows em áreas dominadas pelo CV, frequentemente na presença de traficantes armados. A prisão foi considerada um "recado" para aqueles que romantizam a narcocultura.

Após cinco dias, um juiz decidiu pela soltura do cantor, impondo medidas restritivas. Ao deixar a prisão na terça-feira (3), ele foi recebido por uma multidão de fãs, enquanto a polícia usou spray de pimenta para dispersar a aglomeração. O artista se manifestou, questionando se sua prisão estava relacionada à sua cor ou origem social.

Reações e Polêmica

A prisão de MC Poze dividiu opiniões. Sua esposa, a influenciadora Vivi Noronha, liderou uma campanha com o lema "MC não é bandido". A deputada Erika Hilton (PSOL) denunciou a ação como uma tentativa de criminalizar a população negra e as favelas. Por outro lado, muitos comemoraram sua prisão, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que ironizou a situação nas redes sociais.

O funk, que dialoga com a realidade das favelas, enfrenta um estigma. As letras de MC Poze, que frequentemente mencionam violência e tráfico, levantam questões sobre liberdade artística. O doutor em criminologia Danilo Cymrot destaca que a definição de apologia é complexa e muitas vezes influenciada pela origem social do artista.

O Debate em Torno do Funk

A discussão sobre a criminalização do funk não é nova. Há mais de uma década, leis foram propostas em várias cidades para proibir a contratação de artistas que incitem a violência. O desembargador que autorizou a soltura de Poze enfatizou a necessidade de focar nos líderes das facções, e não em artistas que refletem a realidade de suas comunidades.

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