Morumbi lidera em roubos a residências em São Paulo; confira o mapa detalhado

A violência no Morumbi, zona sul de São Paulo, preocupa moradores devido ao aumento de roubos a residências. Recentemente, a gangue do Minotauro realizou um assalto que resultou em prejuízo de R$ 1 milhão, envolvendo criminosos armados e bem organizados.

No primeiro trimestre de 2024, o Morumbi registrou o maior número de roubos a residências na capital, com 133 ocorrências, uma redução de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) destaca que operações constantes têm sido realizadas para coibir esses crimes. Apesar da queda nos números, a violência dos assaltos recentes gera temor.

Em um dos casos, cinco bandidos armados invadiram uma residência na Rua General José Scarcela Portela, rendendo segurança e funcionários. O assalto, ocorrido às 4h do dia 22 de abril, resultou na subtração de 13 relógios de luxo, joias e US$ 5 mil. A suspeita é de que a ação tenha sido orquestrada pela gangue do Minotauro, liderada por Diego Fernandes de Souza, conhecido por seu histórico criminal.

Ação Policial e Medidas de Segurança

A Polícia Civil investiga a gangue, que já é alvo de apurações desde 2019. O modus operandi da quadrilha inclui a utilização de chaves falsas para acessar as residências, evitando arrombamentos. A presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) Morumbi, Julia Titz, afirma que os roubos não são novos, mas a mobilização dos moradores tem aumentado, com a criação de grupos de WhatsApp para troca de informações.

A SSP informa que as forças policiais realizam operações em áreas de maior incidência de crimes, como o Morumbi. O delegado Fabio Sandrin, da 4ª Delegacia do Patrimônio do Deic, destaca que a rápida ação dos criminosos dificulta as prisões. A gangue do Minotauro, por exemplo, é conhecida por seu alto grau de profissionalismo e planejamento.

Medidas Preventivas

Moradores têm investido em segurança, como muros altos e câmeras. Jorge Eduardo de Souza, presidente da Sociedade Amigos Morumbi e Vila Suzana (Samovis), ressalta a importância de medidas básicas, como evitar demoras ao entrar em garagens. A sensação de insegurança persiste, e as vítimas frequentemente relatam traumas após os assaltos.

O professor Rafael Alcadipani, da Fundação Getulio Vargas, aponta que a localização do Morumbi, próxima à comunidade de Paraisópolis, facilita a ação de criminosos. A SSP reafirma seu compromisso em monitorar e combater os assaltos, mas a complexidade das operações das gangues continua a ser um desafio para a segurança pública na região.