Bope intensifica operações e mira traficantes Peixão e Doca após morte de TH

Após a morte de Thiago da Silva Folly, conhecido como TH, em uma operação do Bope na Maré, a polícia intensificou a busca por dois líderes de facções rivais. Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, e Edgar Alves de Andrade, o Doca, são os novos alvos da tropa de elite.

TH, que acumulava 227 anotações criminais e 17 mandados de prisão, foi morto no dia 13 de outubro. A operação foi descrita pelo secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, como "cirúrgica". Durante a abordagem, TH reagiu e foi morto, junto com dois de seus seguranças.

Novos Alvos

Com a eliminação de TH, Peixão e Doca se tornaram os principais focos do Bope. Peixão, líder do TCP e fundador do Complexo de Israel, é acusado de impor um regime de terror nas comunidades sob seu controle. Ele possui 79 anotações criminais e, apesar de sua notoriedade, nunca foi preso. Em um inquérito, a Polícia Civil apurou que Peixão e seu grupo fecharam rodovias para aterrorizar a população, resultando em mortes e feridos.

Doca, por sua vez, é um dos principais chefes do Comando Vermelho e atua no Complexo da Penha. Ele é investigado por mais de 100 homicídios, incluindo execuções de crianças. Recentemente, foi apontado como mandante da execução de três médicos na Barra da Tijuca, que foram confundidos com milicianos.

Rivalidade Intensa

A rivalidade entre Peixão e Doca é acirrada, com disputas constantes por territórios estratégicos, como a favela do Quitungo. Essa comunidade tem sido palco de confrontos entre os dois grupos, refletindo a complexidade e a violência do tráfico de drogas na região. A morte de TH pode alterar o equilíbrio de poder entre as facções, mas a luta pelo controle continua intensa.