Polícia confirma identidade do assassino da influenciadora Valeria Márquez no México

O Ministério Público de Jalisco, no México, confirmou que a influenciadora e cosmetóloga Valeria Márquez, de 24 anos, foi assassinada durante uma transmissão ao vivo em sua clínica de estética, localizada em Zapopan. O crime, ocorrido na terça-feira, 14 de maio, está sendo investigado como um possível feminicídio por encomenda. O agressor, que não tinha relação prévia com a vítima, entrou no salão Blossom The Beauty Lounge e disparou contra Márquez sem dizer uma palavra.

O ataque foi registrado em vídeo e rapidamente se espalhou pelas redes sociais, gerando indignação e reacendendo o debate sobre a violência de gênero e a presença do crime organizado no país. O porta-voz do Ministério Público afirmou que o autor do crime se apresentou como "carrasco" da jovem, que estava segurando um bichinho de pelúcia enquanto interagia com seus seguidores. O vídeo mostra a influenciadora interrompendo a transmissão após olhar para a entrada do salão, onde foi identificada pelo agressor.

Investigação em Andamento

Testemunhas relataram que dois homens estiveram no salão horas antes do crime, supostamente para entregar um presente a Márquez. A Promotoria acredita que essa visita foi um reconhecimento do local. Até o momento, não há detidos ou acusados, e a investigação busca esclarecer se a vítima havia recebido ameaças ou se tinha vínculos com atividades criminosas.

A conta oficial de TikTok de Márquez foi desativada após o crime, mas as imagens do ataque continuam circulando. A influenciadora, que acumulava milhares de seguidores, era conhecida por suas dicas de estética e moda, além de oferecer cursos de tratamentos não invasivos. Amigas e familiares expressaram sua dor nas redes sociais, pedindo justiça e criticando a falta de segurança no México.

A Promotoria de Jalisco informou que o caso segue em fase de instrução, com perícias em andamento e várias linhas de investigação abertas. Diante da possibilidade de envolvimento de organizações criminosas, o Ministério Público avalia solicitar apoio das autoridades federais.