10 de jul 2025
Debate sobre ensino de evolução e religião nas escolas completa um século de controvérsias
Cem anos após o "Monkey Trial", a batalha entre evolução e criação bíblica se intensifica com novas leis sobre religião nas escolas.
O tribunal do condado de Rhea, onde ocorreu o Julgamento de Scopes em 1925, é visto na terça-feira, 8 de julho de 2025, em Dayton, Tennessee. (Foto: AP Photo/Mike Stewart)
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NASHVILLE, Tenn. (AP) — Cem anos após o julgamento de John T. Scopes, a tensão entre evolução e criação bíblica persiste nos EUA. O caso, conhecido como "Monkey Trial", expôs um conflito cultural que ainda reverbera na sociedade americana. Em 1925, Scopes foi condenado por ensinar evolução, desafiando a Butler Act, que proibia a negação da criação divina.
Atualmente, novas leis estaduais exigindo a exibição dos Dez Mandamentos em escolas públicas enfrentam contestações legais. Com a Suprema Corte inclinada à direita, há um movimento conservador para integrar mais religião, especialmente o cristianismo, na educação financiada pelo governo. Robert Tuttle, professor de direito e religião, afirma que a luta pela separação entre igreja e estado é constante.
A recente aprovação de leis no Texas e Arkansas para exibir os Dez Mandamentos nas escolas gerou reações. Governadores e grupos conservadores defendem a inclusão dos mandamentos, argumentando que se outras ideologias podem ser apresentadas, a mesma lógica se aplica à religião. Tuttle observa que essa pressão reflete um medo entre cristãos brancos de perder sua influência cultural.
A ACLU, que representou Scopes em 1925, agora atua em casos semelhantes, buscando proteger a separação entre igreja e estado. Daniel Mach, da ACLU, destaca que a imposição de crenças religiosas nas escolas públicas é uma ameaça à liberdade religiosa. A história do "Monkey Trial" continua a influenciar o debate sobre religião na educação, revelando divisões sociais persistentes.
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