08 de jul 2025
Católicos no Congo celebram mártir da corrupção beatificado pelo Vaticano
Restos mortais de Floribert Kositi, mártir da fé, são transferidos para Goma, inspirando luta contra corrupção e promovendo esperança na comunidade.
Padres católicos participam da Missa para celebrar a vida do falecido Floribert Bwana Chui Bin Kositi, em uma igreja católica em Goma, República Democrática do Congo, na terça-feira, 8 de julho de 2025. (Foto: AP Photo/Moses Sawasawa)
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GOMA, Congo — Os restos mortais de Floribert Bwana Chui Bin Kositi, um trabalhador da alfândega congolês assassinado em 2007 por recusar um suborno, foram transferidos para a Catedral de São José em Goma. A cerimônia ocorreu durante uma missa especial, reunindo centenas de fiéis que prestaram homenagem ao mártir da fé recentemente beatificado pelo Vaticano.
Kositi foi sequestrado e morto por assaltantes não identificados após se recusar a permitir a passagem de arroz estragado da Ruanda. Sua beatificação foi reconhecida pelo Papa Francisco, que o declarou mártir da fé, destacando a luta contra a corrupção e a injustiça social. A cerimônia em Goma foi marcada por expressões de gratidão e esperança, simbolizando a luta da comunidade contra a corrupção.
Homenagens e Significado
Durante a missa, muitos participantes usaram camisetas e vestimentas tradicionais com o retrato de Kositi, enquanto outros erguiam bandeiras com a inscrição "mártir da honestidade e integridade moral". Aline Minani, amiga próxima de Kositi, afirmou que sua beatificação representa uma voz para a comunidade, um testemunho diante de Deus pela realização do sonho de união e paz.
Marie Juudi, outra participante, ressaltou a importância do exemplo de Kositi para os jovens, enfatizando que sua rejeição à corrupção foi uma ação que salvou vidas. O arcebispo Fulgence Muteba Mugalu descreveu a beatificação como um "poderoso chamado" para a ação contra a corrupção, trazendo uma mensagem de esperança em tempos de desafios.
Contexto Atual
Goma, uma cidade marcada por conflitos e corrupção, tem enfrentado a violência de mais de 100 grupos armados, muitos dos quais são apoiados pela Ruanda. A beatificação de Kositi oferece um alívio simbólico para a dor causada por sua morte, inspirando a população a lutar por justiça e paz. A presença de líderes locais, como Corneille Nangaa, durante a missa, destaca a relevância do evento em um contexto de instabilidade e necessidade de mudança.
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