Pastor é preso pela terceira vez após protesto contra demolição de igrejas na China

Na manhã do dia 26 de junho, o pastor Huang Yizi foi detido em sua residência na província de Zhejiang, China. A prisão ocorreu sem mandado, e sua esposa relatou que a polícia agrediu-a ao tentar gravar a ação. Huang, um proeminente líder cristão, já havia enfrentado perseguições do governo, incluindo prisões anteriores por protestos contra a demolição de cruzes em igrejas.

A esposa do pastor foi informada no dia seguinte que ele foi acusado de "operações comerciais ilegais". A organização China Aid, que apoia cristãos perseguidos, considera a acusação uma farsa, usada pelo regime para justificar a repressão a líderes religiosos. No mesmo dia, outros quatro cristãos da região também foram presos.

Histórico de Perseguições

Huang Yizi já foi condenado a um ano de prisão em 2015 por organizar uma manifestação contra a demolição de cruzes. Em 2017, ele foi detido novamente e, após ser libertado, enfrentou novas acusações, incluindo a de revelar segredos de Estado, resultando em prisão domiciliar por cinco meses. Desde então, o pastor tem sido constantemente monitorado pelas autoridades.

Restrições e Apoio

Os advogados de Huang foram impedidos de se reunir com ele no Centro de Detenção de Pingyang. Eles registraram uma reclamação judicial, alegando que a obstrução pode estar relacionada à coleta ilegal de evidências. A China Aid destacou que qualquer prova obtida de forma ilícita deve ser desconsiderada pelos promotores locais.

A esposa de Huang pediu orações em meio à incerteza. A Missão Portas Abertas também se manifestou, pedindo apoio para as famílias e igrejas dos cristãos detidos. A China ocupa o 15° lugar na Lista Mundial da Perseguição 2025, destacando a dificuldade de ser cristão no país.