08 de jul 2025
Parlamentares armênios se enfrentam enquanto governo reprime opositores políticos
Tumulto na Assembleia Nacional da Armênia resulta em perda de imunidade de opositor, enquanto repressão a críticos e líderes religiosos se intensifica.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, à direita, e o primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, apertam as mãos antes de uma reunião no Castelo de Praga, na República Tcheca, na quinta-feira, 6 de outubro de 2022. (Foto: Turkish Presidency via AP)
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YEREVAN, Armênia (AP) — Um tumulto ocorreu na Assembleia Nacional da Armênia na terça-feira, resultando na perda da imunidade parlamentar do opositor Artur Sargsyan. Ele é acusado de tentar derrubar o governo do presidente Nikol Pashinyan. O incidente se deu após Sargsyan concluir um discurso em que afirmou que o caso contra ele já estava decidido previamente.
Durante a confusão, outros parlamentares tentaram impedir que Sargsyan deixasse a câmara, levando à intervenção de seguranças. Em sua fala, Sargsyan declarou que a Armênia se tornara "um bastião de ditadura", onde "tudo é decidido com antecedência". Após a votação que retirou sua imunidade, ele se entregou ao Comitê Investigativo da Armênia, que o acusa de conspirar contra o governo.
Aumento da repressão
O governo de Pashinyan intensificou a repressão a opositores, incluindo líderes da Igreja Apostólica Armênia. Recentemente, dois arcebispos foram presos sob a acusação de envolvimento em um suposto plano de golpe. O arcebispo Mikael Ajapahyan e o arcebispo Bagrat Galstanyan estão em detenção pré-julgamento, após serem acusados de planejar atos de vandalismo e interrupções nos serviços públicos.
As tensões políticas aumentaram após Pashinyan concordar com concessões territoriais em meio ao conflito com o Azerbaijão, especialmente na região de Karabakh. A oposição, incluindo a Igreja, tem liderado protestos exigindo a saída do presidente. Em resposta, Pashinyan criticou a liderança da Igreja, chamando-a de "anti-nacional".
Conflito histórico
A Armênia e o Azerbaijão têm um histórico de disputas territoriais desde os anos 90, com a região de Karabakh como foco central. Após a queda da União Soviética, forças separatistas armênias conquistaram a região, mas em 2020, o Azerbaijão recuperou grande parte do território. Em setembro de 2023, o Azerbaijão assumiu o controle total de Karabakh, levando a Armênia a ceder vilarejos fronteiriços.
A situação política interna da Armênia continua tensa, com a oposição se mobilizando contra o governo e a repressão a vozes dissidentes se intensificando.
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