31 de mai 2025
Produtora de ‘Central do Brasil’ defende a urgência na regulação do streaming
Elisa Tolomelli lança livro sobre sua trajetória no cinema e os desafios das mulheres na indústria, em meio ao crescimento do setor no Brasil.
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Em meio ao crescente reconhecimento do cinema brasileiro, a produtora Elisa Tolomelli, de 62 anos, lançará em junho o livro E Lá Fui Eu!, que narra sua trajetória no audiovisual. Com uma carreira que inclui produções renomadas como Central do Brasil e Cidade de Deus, Tolomelli busca inspirar novos cineastas e compartilhar suas experiências.
Formada em Publicidade e pós-graduada em Cinema, Tolomelli já ocupou cargos importantes, como diretora comercial da RioFilme Distribuidora e fundadora da EH! Filmes. Em seu livro, ela revisita momentos marcantes de sua vida, abordando desafios enfrentados e a evolução do papel das mulheres na indústria cinematográfica.
O Brasil possui um dos públicos mais apaixonados por cinema, afirma Tolomelli, que destaca a necessidade de mais estrutura para atender a essa demanda. A ideia de escrever o livro surgiu como uma forma de entrelaçar sua vida pessoal e profissional, utilizando exemplos de seus filmes para motivar aqueles que desejam realizar seus sonhos.
Desafios e Mudanças
Tolomelli relembra os desafios enfrentados como mulher em um ambiente predominantemente masculino. Desde o início de sua carreira, ela se destacou por sua liderança e versatilidade, atuando em diversas funções dentro do cinema. A produtora observa que, atualmente, 60% da equipe técnica do seu último filme era composta por mulheres, refletindo uma mudança significativa no setor.
Ela também comenta sobre a ampliação das narrativas no cinema brasileiro, que agora apresenta histórias mais diversas. No entanto, Tolomelli alerta para a necessidade de investimentos e políticas públicas eficazes, já que muitos projetos ainda enfrentam dificuldades para obter financiamento.
Cenário Atual
O cenário atual do cinema nacional é de visibilidade, com filmes brasileiros conquistando prêmios internacionais, como Ainda Estou Aqui e O Agente Secreto. Apesar disso, Tolomelli destaca que o mercado está estrangulado pela falta de recursos. Em um recente chamamento do Fundo Setorial do Audiovisual, 1.514 projetos foram inscritos, mas apenas cerca de 30 devem ser selecionados, evidenciando a demanda reprimida no setor.
A produtora conclui que, embora haja avanços, é urgente regular as plataformas de streaming, que se beneficiam do conteúdo brasileiro sem retribuir adequadamente ao setor.
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