20 de mai 2025
Festival de Cannes critica Trump com discursos de estrelas do cinema
Cineastas como Spike Lee e Wes Anderson criticam tarifas sobre filmes estrangeiros no Festival de Cannes, destacando os riscos à liberdade criativa.
72e3da07-6a56-4d43-bc4f-19621eacf660
Ouvir a notícia:
Festival de Cannes critica Trump com discursos de estrelas do cinema
Ouvir a notícia
Festival de Cannes critica Trump com discursos de estrelas do cinema - Festival de Cannes critica Trump com discursos de estrelas do cinema
Desde o início do Festival de Cannes, em 13 de maio, o evento tem sido um espaço de exibição de filmes e críticas contundentes à administração de Donald Trump. Cineastas e atores renomados, como Spike Lee, Wes Anderson, Richard Linklater e Robert De Niro, têm utilizado o palco para expressar suas preocupações sobre a política atual dos Estados Unidos.
Nesta terça-feira, 20 de maio, Spike Lee abordou a moralidade na era das redes sociais, ironizando sobre os valores americanos sob a presidência de Trump. Ele também comentou sobre as tarifas de 100% sobre filmes estrangeiros, destacando que “pessoas estão sofrendo” com essa possibilidade, que pode impactar a distribuição de filmes internacionais nos EUA.
Críticas à Política de Tarifas
Wes Anderson, ao ser questionado sobre as tarifas, fez uma observação humorística, questionando se seria possível "segurar um filme na alfândega". Ele expressou confusão sobre a ideia de uma tarifa de 100%, ressaltando que isso poderia complicar a situação financeira dos cineastas. Anderson compete pela Palma de Ouro com seu filme O Esquema Fenício, que foi parcialmente filmado na Alemanha.
Richard Linklater, por sua vez, foi mais direto ao afirmar que “isso não vai acontecer”. Ele criticou a instabilidade nas decisões de Trump, lembrando que os filmes são uma das maiores exportações dos EUA. O cineasta também recebeu uma Palma de Ouro honorária e aproveitou a oportunidade para criticar o corte de financiamento às artes e à educação promovido pelo presidente.
Reflexões sobre a Indústria Cinematográfica
O ator Pedro Pascal, presente em Cannes para a estreia de Eddington, um filme que satiriza o clima político dos EUA, também se manifestou sobre as políticas de imigração de Trump. Ele enfatizou a importância de contar histórias e de manter as pessoas “seguras e protegidas”. Pascal, embora não tenha mencionado Trump diretamente, destacou que o medo é uma ferramenta de controle.
O Festival de Cannes, portanto, não é apenas um espaço para a celebração do cinema, mas também um palco para debates sobre a liberdade criativa e os desafios enfrentados pela indústria cinematográfica em tempos de incerteza política.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.