Defesa de Sean Combs utiliza ironia e mensagens íntimas para evitar pena perpétua

Sean Combs, conhecido como Diddy, foi condenado por transporte para fins de prostituição após um julgamento de 28 dias, mas foi absolvido das acusações mais graves de tráfico sexual e associação criminosa. O veredito gerou debates sobre a força das evidências apresentadas.

Durante o julgamento, promotores federais convocaram testemunhas que relataram violência e abuso na vida pessoal de Combs. Ele foi descrito como o chefe de um esquema que envolvia atos de intimidação e sexo voyeurista. Apesar das alegações, os jurados decidiram apenas pelas condenações menores.

As investigações revelaram batidas em propriedades de Combs, onde foram encontrados fuzis e drogas. Funcionários que trabalharam para ele testemunharam sobre abusos físicos e compra de substâncias ilícitas. A defesa, que apresentou sua argumentação em menos de meia hora, se mostrou confiante de que o governo não havia provado que Combs era o líder de uma organização criminosa.

A defesa argumentou que os encontros sexuais eram consensuais, mesmo que considerados excêntricos. Mensagens de texto de ex-namoradas foram apresentadas para mostrar que as relações eram adultas e consensuais. A acusação, por sua vez, focou em um padrão de violência, especialmente contra Casandra Ventura, que afirmou ter sofrido agressões frequentes.

A absolvição de Combs nas acusações mais graves foi celebrada por seus advogados, que afirmaram que o caso foi exagerado. A acusação de associação criminosa, que visa combater o crime organizado, não foi sustentada, levando a defesa a questionar a caracterização do círculo de Combs como uma quadrilha.

O julgamento levantou preocupações entre grupos de defesa dos direitos das mulheres, que temem que a absolvição de Combs possa minimizar a gravidade das alegações de abuso. A defesa, por sua vez, destacou que a violência doméstica foi reconhecida, mas negou que ela fosse utilizada para forçar atos sexuais.