Irã reabre espaço aéreo após conflito com Israel e retoma voos comerciais

O Irã reabriu seu espaço aéreo nesta quinta-feira, após um fechamento que durou desde 13 de junho devido à guerra com Israel. A informação foi divulgada pela mídia estatal, que destacou a operação dos aeroportos internacionais Mehrabad e Imam Khomeini, em Teerã, além de outras localidades no país.

Cerca de três mil voos foram afetados pela interrupção, levando companhias aéreas a desviarem suas rotas e cancelarem voos. Dados do serviço de rastreamento FlightRadar24 mostraram que, no dia 14 de junho, as rotas aéreas estavam praticamente vazias. Companhias da região passaram a sobrevoar a Arábia Saudita, Turquia e Azerbaijão para evitar o espaço aéreo iraniano, resultando em aumento de custos e tempo de viagem.

Avaliação da Inteligência Americana

Após o cessar-fogo, uma nova avaliação da inteligência americana revelou que os ataques dos Estados Unidos a instalações iranianas atrasaram o programa nuclear do Irã em um ou dois anos. Essa informação contrasta com a avaliação anterior da Agência de Inteligência de Defesa (DIA), que indicava um atraso de apenas meses.

O presidente americano, Donald Trump, afirmou que o programa nuclear iraniano foi “completamente obliterado” após os ataques em 21 de junho. Em contrapartida, Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), declarou que o programa nuclear iraniano sofreu “danos enormes”, embora tenha ressaltado que as alegações de destruição total são exageradas.

A situação atual do urânio enriquecido permanece incerta, e Grossi observou que nem todas as instalações nucleares foram atingidas pelos ataques. A reabertura do espaço aéreo iraniano marca um novo capítulo na dinâmica regional, que continua a ser monitorada de perto por autoridades internacionais.