04 de jul 2025
'Nós contra eles' provoca debate sobre polarização social e suas consequências
Governo Lula ajusta comunicação para incluir classe média, mas radicalizações podem comprometer estratégia e imagem do PT.

Lula levanta placa pedindo taxação dos super ricos durante caminhada em Salvador (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
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O governo Lula enfrenta um cenário desafiador na relação com o Congresso, buscando fortalecer sua base por meio de uma nova estratégia de comunicação. A abordagem atual visa unir a classe média ao discurso do "nós contra eles", essencial para evitar a polarização entre pobres e o restante da sociedade.
Recentemente, o governo ajustou seu discurso econômico, destacando a inclusão da classe média. Projetos como a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil são exemplos dessa tentativa de reconquistar a confiança desse segmento, que se mostra cada vez mais distante do presidente. A estratégia é vista como crucial para que Lula possa ter um desempenho positivo nas interações com o Congresso, que busca desferir golpes contra o governo.
A eficácia dessa nova abordagem é debatida entre especialistas em marketing político. A percepção é de que, ao partir para o contra-ataque, o governo e o Partido dos Trabalhadores (PT) oferecem um novo argumento a seus militantes, que estavam desorientados após uma série de derrotas. A unificação das vozes dentro do governo, que agora falam a mesma língua, é um sinal de que algo está mudando.
Desafios e Riscos
Entretanto, a radicalização de alguns setores, como as invasões de bancos em São Paulo, pode comprometer essa estratégia. O que poderia ser uma virada de jogo para o governo pode rapidamente se transformar em um retrocesso, reforçando a imagem do PT como um partido radical. Além disso, a visita de Lula à ex-presidente argentina Cristina Kirchner é vista como uma decisão arriscada, pois pode alimentar críticas da oposição, especialmente em um momento em que a política brasileira exige cautela.
A batalha política nos próximos meses promete ser intensa, com cada lado buscando se destacar em um cenário de embates constantes. O governo precisa calibrar sua comunicação para evitar que ações extremas prejudiquem sua imagem e sua capacidade de governar.
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