04 de jul 2025
Motta se fortalece após embate com governo e destaca apoio do Congresso
Hugo Motta desafia o governo Lula ao derrubar aumento do IOF e se prepara para possíveis retaliações do Executivo. Justiça será o próximo campo de batalha.

Hugo Motta em sessão na Câmara para votar projeto que cancela decreto do governo que elevou o IOF (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)
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O presidente da Câmara, Hugo Motta, enfrenta críticas após derrubar o decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o que resultou em um confronto com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Motta, que se diz "tranquilo" em relação aos ataques nas redes sociais, considera que essa ação fortaleceu sua posição como líder da casa legislativa.
Após a derrubada do decreto, o governo passou a argumentar que a medida beneficiaria os pobres, enquanto Motta acredita que o Congresso possui ferramentas para retaliar o Executivo. O Palácio do Planalto, por sua vez, acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular a decisão dos parlamentares. O tema da "justiça tributária" ganhou destaque nas plataformas digitais, intensificando o discurso de "ricos contra pobres".
Reação do Governo
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o líder do governo na Câmara, José Guimarães, desautorizaram os ataques virtuais contra Motta. Gleisi afirmou que o respeito às instituições é essencial na política e repudiou os ataques pessoais. A estratégia governista de judicializar a questão do IOF foi aprovada por Lula, que busca reverter a derrota no Congresso.
Motta, por sua vez, vê a crise como uma oportunidade para unir seus aliados e reforçar sua imagem como defensor das prerrogativas parlamentares. Ele destaca que, caso o governo intensifique as críticas, o Legislativo tem mecanismos para responder, como a possibilidade de derrubar um veto presidencial a projetos de lei.
Perspectivas Futuras
O presidente da Câmara também enfatiza o papel do Congresso na organização dos prazos para a votação de Medidas Provisórias (MPs). Após 120 dias sem deliberação, uma MP perde validade, o que pode influenciar a relação entre o Congresso e o Executivo. Motta acredita que o governo evitará novas medidas que possam tensionar ainda mais essa relação.
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