Lula discute morte de Juliana Marins em reunião com presidente da Indonésia

A morte de Juliana Marins, uma brasileira de 26 anos, durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, no final de junho, será um dos tópicos discutidos na reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente indonésio Joko Widodo. O encontro ocorrerá em Brasília na próxima quarta-feira. O embaixador Aloysio Gomide Filho informou que Lula deve expressar agradecimento ao governo indonésio pelo apoio nas buscas.

O Itamaraty destacou que todo o suporte foi prestado durante as operações de resgate, considerando as dificuldades climáticas. Além do tema da tragédia, a agenda da reunião incluirá segurança alimentar e cooperação bilateral, com foco em defesa e educação.

Visitas de Líderes Asiáticos

Na próxima semana, Lula receberá também o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, em Brasília. A visita de Modi, que antecede a cúpula dos Brics no Rio de Janeiro, incluirá a assinatura de pelo menos seis acordos de cooperação em áreas como segurança, energia e agricultura. Um dos principais anúncios será a criação do Conselho Brasil–Índia, que visa aprofundar a parceria estratégica entre os dois países.

A visita de Widodo é a primeira desde que a Indonésia se juntou formalmente aos Brics em janeiro. Entre os assuntos a serem abordados estão a crise climática e soluções diplomáticas para o conflito no Oriente Médio, com ênfase na situação da Palestina. O Brasil busca fortalecer o diálogo com Jacarta, que é o maior país muçulmano do mundo.

Expectativas Econômicas

Do ponto de vista econômico, há expectativas de avanço nas negociações para aumentar a exportação de carne bovina brasileira e abrir o mercado nacional para a carne de frango indonésia. A visita de Widodo já resultou na retomada da concessão de vistos entre os dois países.

A agenda oficial incluirá uma reunião bilateral, uma declaração conjunta à imprensa e um almoço no Palácio do Planalto. Embora ainda não haja confirmação sobre a assinatura de documentos, cinco instrumentos bilaterais estão em negociação, abrangendo áreas como defesa e educação. A estratégia do governo brasileiro visa reposicionar o país no cenário internacional por meio de uma diplomacia ativa.