Trump aprova lei que corta impostos imediatamente e adia cortes em benefícios sociais

Minoria no Capitólio, o Partido Democrata intensifica sua estratégia de comunicação para barrar a aprovação de um projeto de lei orçamentário e tributário da administração Trump. O projeto, que pode aumentar a dívida do país em US$ 3,3 trilhões, é denunciado como uma transferência de renda dos pobres para os ricos.

O líder da oposição na Câmara, Hakeem Jeffries, fez um discurso de mais de oito horas, destacando os cortes em benefícios sociais que afetarão a população após as eleições de meio de mandato. Os democratas já identificaram os senadores e deputados republicanos que apoiaram a medida, enfatizando que ela elimina a cobertura médica e o complemento alimentar para milhões de americanos.

Estratégia de Comunicação

Chuck Schumer, líder do Partido Democrata no Senado, anunciou que campanhas publicitárias serão lançadas para expor os responsáveis pela aprovação do projeto. As propagandas contarão histórias de cidadãos que perderão seus planos de saúde e empregos devido aos cortes. A expectativa é que essas narrativas sensibilizem os eleitores e reduzam o apoio aos republicanos nas próximas eleições.

Os democratas acreditam que a narrativa de um "Robin Hood às avessas" pode ressoar com a população. Essa estratégia é apoiada por figuras da esquerda do partido, como Bernie Sanders e Alexandria Ocasio-Cortez, que defendem que a luta contra o Trump 2.0 deve se concentrar na denúncia do projeto oligárquico em curso.

Efeitos a Longo Prazo

Os republicanos, por sua vez, acreditam que os efeitos negativos do projeto demorarão a ser sentidos, permitindo que os eleitores votem com a sensação de alívio financeiro. Cortes temporários de impostos para a classe média e baixa serão implementados antes das eleições, enquanto os cortes em programas sociais só entrarão em vigor depois.

Os democratas, no entanto, afirmam que as pesquisas mostram um descontentamento crescente com a "lei de Trump". Eles se sentem otimistas em relação à possibilidade de recuperar o apoio dos trabalhadores sem curso superior, que têm migrado para a coalizão republicana desde 2015. A luta política se intensifica em Washington, com ambos os lados se preparando para o impacto das próximas eleições.