Indústria automotiva da China denuncia 'concorrência desleal' após cortes da BYD

A Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (CAAM) emitiu um alerta sobre a possibilidade de uma "guerra de preços" no setor automobilístico, após a BYD realizar cortes de preços de até 34%. Essa situação levanta preocupações sobre a rentabilidade das montadoras de veículos elétricos e a qualidade dos produtos oferecidos.

Os cortes de preços, iniciados em 23 de maio, provocaram um efeito dominó, levando outras montadoras a adotarem estratégias semelhantes. A CAAM destacou que essa "competição viciosa" pode prejudicar as margens de lucro das empresas, afetando a qualidade dos produtos e os serviços pós-venda. O comunicado, divulgado no último sábado, não mencionou nomes específicos, mas a preocupação é evidente.

A redução de preços pela BYD impactou negativamente suas ações e as de concorrentes, como a Li Auto, que já previu uma receita abaixo das expectativas para o segundo trimestre, citando uma demanda fraca. A CAAM pediu que as montadoras adotem princípios de "concorrência justa", evitando práticas que possam prejudicar outras empresas e não vendendo a preços inferiores aos custos.

A atual situação reflete um cenário desafiador para a indústria automobilística da China, que já enfrentava dificuldades antes dos cortes de preços. A pressão por lucros e a necessidade de se destacar em um mercado cada vez mais competitivo podem levar a consequências indesejadas para os consumidores e para a saúde do setor.