Trump afirma que Walmart deve absorver tarifas após alerta sobre preços elevados

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a Walmart por atribuir o aumento de preços às tarifas impostas durante sua administração. Em uma publicação na rede social Truth Social, Trump afirmou que a varejista deve "PARAR de tentar culpar as Tarifas" e que a empresa lucrou bilhões de dólares no ano passado. Ele sugeriu que a Walmart deveria absorver os custos das tarifas, em vez de repassá-los aos consumidores.

A Walmart, que anunciou um trimestre sólido em vendas e lucros, alertou que as tarifas e a instabilidade econômica podem forçar a maior varejista do mundo a aumentar os preços. O diretor financeiro, John David Rainey, mencionou que os aumentos de preços se tornarão mais evidentes em maio, destacando que "o tamanho dos aumentos tarifários é tão grande que os varejistas não conseguem absorver sozinhos."

Críticas ao Federal Reserve

Trump também criticou o Federal Reserve, pedindo que o banco central "CORTASSE AS TAXAS LOGO, E NÃO DEPOIS." Essa declaração reflete sua tentativa de transferir a responsabilidade pelos impactos econômicos de sua política tarifária. A guerra comercial que ele iniciou afetou empresas em diversos setores, criando um ambiente desafiador para o varejo.

A Walmart, com sua vasta cadeia de suprimentos, está em uma posição relativamente melhor para enfrentar esses desafios. A empresa pode negociar melhores acordos com fornecedores devido à sua escala. Apesar disso, Rainey enfatizou que "realmente não há precedentes históricos para aumentos tão rápidos e tão altos."

Situação do Varejo

O secretário de comércio dos EUA, Howard Lutnick, também se manifestou, defendendo que as empresas devem suportar as tarifas. Ele destacou que tanto empresas quanto países precisam absorver os custos impostos. A Walmart, que possui cerca de 4.600 lojas nos EUA, enfrenta tarifas de 10% sobre produtos importados e taxas de 25% sobre aço e alumínio, sendo as tarifas sobre a China as mais prejudiciais aos lucros da rede.

A situação atual reflete a tensão entre as políticas comerciais dos EUA e a realidade do varejo, onde os consumidores podem sentir os efeitos diretos das decisões políticas.