08 de jul 2025
Esquerda aproveita declaração de Trump para reivindicar o patriotismo nacional
Postagem de Donald Trump em apoio a Jair Bolsonaro reacende a disputa política no Brasil, oferecendo à esquerda uma chance de contestar o patriotismo bolsonarista.

Donald Trump e Jair Bolsonaro, em foto de 2019 (Foto: Brendan Smialowski / AFP Photo)
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A postagem de Donald Trump em apoio a Jair Bolsonaro (PL) reacendeu a disputa política no Brasil, animando a ultradireita. O ex-presidente dos EUA endossou o discurso de perseguição ao ex-mandatário brasileiro, o que oferece à esquerda uma oportunidade de contestar o lema do bolsonarismo: o patriotismo.
Historicamente, a pátria é uma bandeira que Bolsonaro capturou do integralismo, uma vertente do fascismo brasileiro. Junto a isso, os valores de Deus e família também são disputados entre os dois campos políticos. Com o alinhamento do bolsonarismo ao trumpismo, Lula (PT) pode argumentar que está defendendo os interesses nacionais, ao contrário de seus adversários.
Pesquisas indicam que os eleitores brasileiros não são favoráveis a Trump, especialmente devido à guerra tarifária. Essa situação pode ser explorada por Lula ou outro candidato da esquerda, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso ele dispute a presidência. O gesto de vestir o boné do MAGA pode ser um ponto de crítica, já que a indústria do estado que Tarcísio governa pode ser prejudicada pelas tarifas impostas por Trump.
A esquerda brasileira, que desde a década de 1930 enfrenta a máxima de que "nossa bandeira nunca será vermelha", agora tem a chance de rebater: "nem vermelha, nem azul, nem branca". Para isso, será necessário falar a língua do povo, algo que o bolsonarismo faz com eficácia nas redes sociais. No tuíte em que rebateu Trump, Lula optou por termos como soberania e estado de direito, em vez de patriotismo, buscando se distanciar do discurso da ultradireita.
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