08 de jul 2025
Brasil adota práticas do 'capitalismo chinês' com forte concorrência em setores-chave
BYD atinge novo marco com 7.000 carros desembarcados no Brasil, enquanto marcas chinesas intensificam a competição em diversos setores.

Foto: Reprodução
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O desembarque de 7.000 carros da BYD no porto de Itajaí, em 28 de maio, marca um novo recorde para a montadora, que lidera o mercado de veículos eletrificados no Brasil. Este evento ocorre em um momento em que o país se torna um campo de batalha para marcas chinesas, com pelo menos oito já estabelecidas e mais três previstas para chegar até o final do ano.
As montadoras chinesas estão se expandindo em diversos setores, incluindo smartphones, eletrônicos e e-commerce. A economista Keyu Jin destaca que a competitividade no mercado chinês é intensa, o que força as empresas a inovarem constantemente. Essa dinâmica se reflete na crescente presença de marcas chinesas no Brasil, onde a concorrência não se limita apenas a grupos locais, mas também entre as próprias empresas asiáticas.
O Brasil registrou um aumento de 70% nas importações de peças para ar-condicionado de janeiro a maio, totalizando US$ 370 milhões. As empresas chinesas, como a Gree, planejam investir R$ 50 milhões em sua fábrica em Manaus até 2026, buscando nacionalizar a produção de componentes.
Além disso, as importações de produtos chineses cresceram 26% nos primeiros cinco meses do ano, totalizando US$ 29,5 bilhões. Esse cenário impulsiona o investimento em logística e a adaptação das empresas ao mercado local. A Shein, por exemplo, ampliou sua atuação como marketplace no Brasil, com 30 mil vendedores ativos.
No setor de delivery, a competição se intensifica com a chegada de gigantes como Didi e Meituan, que prometem desafiar empresas já estabelecidas como iFood e Rappi. A 99, marca da Didi, retomou serviços de entrega em junho, enquanto a Meituan planeja sua estreia no Brasil ainda este ano.
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