Câncer de pâncreas: entenda por que é considerado um dos mais temidos

No último sábado, o chef e apresentador Edu Guedes, de 50 anos, passou por uma cirurgia no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, para a remoção de um tumor no pâncreas. A descoberta da doença ocorreu após complicações relacionadas a uma infecção renal, ressaltando a dificuldade do diagnóstico precoce do câncer pancreático.

O câncer de pâncreas é uma neoplasia rara e agressiva, com uma alta taxa de letalidade. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são esperados cerca de 10.980 novos casos anualmente no Brasil, o que representa 5,07 casos a cada 100 mil habitantes. Embora seja o 14º tipo de câncer mais comum, ele é responsável por aproximadamente 5% das mortes por câncer no país, devido à sua natureza silenciosa e agressiva.

A maioria dos casos é diagnosticada em estágios avançados, pois os sintomas são escassos. Entre os sinais que podem indicar a doença estão dor abdominal, perda de peso não intencional, icterícia e vômitos. O oncologista Ramon Andrade de Mello explica que, quando a doença é detectada precocemente, a cirurgia pode ser uma opção viável. No entanto, apenas 10% dos pacientes são diagnosticados em um estágio em que a remoção do tumor é possível.

A localização do pâncreas, cercada por vasos sanguíneos, torna as cirurgias desafiadoras. Quando a doença já se espalhou, a expectativa de vida média é de 6 a 11 meses. O tratamento pode incluir quimioterapia, que é utilizada isoladamente em casos avançados, enquanto a combinação de quimioterapia e cirurgia é indicada para tumores operáveis.