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16 de jul 2025

Jaguatirica e gambá convivem pacificamente na Amazônia em surpreendente vídeo

Pesquisadores registram interação surpreendente entre jaguatiricas e gambás na Amazônia, sugerindo possível mutualismo entre as espécies.

Registro de jaguatirica e gambá na Amazônia peruana (Foto: Nadine Holmes /via NYT)

Registro de jaguatirica e gambá na Amazônia peruana (Foto: Nadine Holmes /via NYT)

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Pesquisadores da Estação Biológica Cocha Cashu, no Peru, registraram um comportamento surpreendente entre jaguatiricas e gambás. Uma armadilha fotográfica, inicialmente destinada a estudar pássaros, capturou uma jaguatirica seguindo um gambá, desafiando a noção tradicional de predador e presa.

O vídeo mostra a jaguatirica, um felino maior que um gato doméstico, e o gambá-comum se movendo juntos. Isabel Damas-Moreira, ecologista comportamental da Universidade de Bielefeld, destacou a incredulidade da equipe ao observar a interação. Em um segundo clipe, a dupla foi vista retornando pelo mesmo caminho, levando Damas-Moreira a compará-los a "dois velhos amigos voltando para casa de um bar".

Após o registro, os pesquisadores contataram outros cientistas na Amazônia e descobriram três vídeos semelhantes, indicando que essa interação não é um caso isolado. Para investigar mais, Damas-Moreira e sua equipe realizaram um experimento com tiras de tecido impregnadas com o cheiro de jaguatirica e puma. Os gambás mostraram interesse pelo cheiro da jaguatirica, interagindo com o tecido em várias ocasiões.

Hipóteses sobre a Interação

Os cientistas ainda buscam entender a razão dessa atração. Ettore Camerlenghi, biólogo evolutivo da ETH Zurich, sugere que a jaguatirica pode se beneficiar da presença do gambá, que é resistente ao veneno de jararacas. Essa parceria poderia oferecer vantagens durante a caça, semelhante a alianças observadas entre coiotes e texugos na América do Norte.

O professor Diego Astúa, da Universidade Federal de Pernambuco, elogiou o estudo, ressaltando que o comportamento dos gambás ainda é pouco compreendido. A descoberta ressalta a importância das armadilhas fotográficas, que possibilitaram a observação de interações que poderiam ser confundidas com encontros predador-presa.

A pesquisa destaca a complexidade das interações na natureza, onde a cooperação pode ser mais comum do que se imagina. Camerlenghi enfatizou que a ciência muitas vezes revela surpresas, mostrando que a busca por uma resposta pode levar a descobertas ainda mais intrigantes.

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